Topo

Calendário apertado faz Mundial de surfe priorizar baterias femininas

WSL / Divulgação
Imagem: WSL / Divulgação

Guilherme Costa

Do UOL, no Rio de Janeiro

16/05/2015 12h03

Ao contrário do que havia acontecido nos quatro primeiros dias de evento, a direção de prova da etapa carioca do Mundial de surfe (WSL) decidiu iniciar a programação deste sábado (16) com as baterias femininas. A programação deve-se a uma adequação de calendário, e isso gerou uma condição diferente de ondas para os surfistas na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

A decisão deve-se ao andamento durante a semana. A competição feminina está mais atrasada do que a masculina, e a ideia da organização do WSL é encerrar o evento no próximo domingo (17).

Mesmo que isso não seja possível, existe uma prioridade para que a competição feminina termine na primeira semana de evento – a janela para realização do WSL no Rio de Janeiro vai até o dia 22 de maio. A explicação para isso é que o evento com as mulheres tem menos retorno e menos exposição, mas custos parecidos (hospedagem, deslocamento, estrutura e pagamento de pessoal, por exemplo).

Para priorizar e adiantar a competição feminina, a organização jogou as baterias masculinas para o início da tarde. O brasileiro Filipe Toledo, por exemplo, deve entrar no mar às 12h40 para enfrentar o neozelandês Ricardo Christie pelas semifinais.

A organização do evento diz que a alteração foi possível porque a condição do mar neste sábado permitiu a realização de baterias até mais tarde. A região em que a etapa carioca do WSL tem acontecido já é conhecida por ter ondas de tamanho pequeno.

"A principal mudança que isso causa é o vento. Isso interfere muito no formato e nas características das ondas", explicou o engenheiro e surfista amador Francisco Gonçalves, 38, que assistia à competição sentado na areia e tinha ao lado uma prancha.

Outros surfistas amadores deram explicações similares. "Eu prefiro pegar onda cedo porque tem menos vento. Em alguns lugares é até possível pegar onda o dia todo, mas aqui é complicado", avaliou o administrador de empresas Fernando Ribeiro, 26.

Às 7h30, quando a primeira bateria feminina ainda estava no início, os amigos Matheus e Renato, ambos de 16 anos, já saíam do mar. "Ah, o melhor é sempre esse horário mais cedo. Dá para aproveitar bem mais", explicou o primeiro deles.​