Burle fala sobre preconceito no surfe e desafio de trabalhar com Maya

Um dos principais nomes do surfe brasileiro, Carlos Burle é o entrevistado do projeto Esporte (ponto final). Na conversa, o surfista falou sobre o preconceito presente no esporte e das dificuldades enfrentadas quando decidiu treinar junto com Maya Gabeira.

“Passei por todos os preconceitos: por ser brasileiro, não surfar ondas grandes, pelo meu tamanho, ser magrinho. Eu gosto disso, gosto de quando tem esse ingrediente, que é a descrença na sua capacidade. É mais uma forma de você se inspirar de se motivar. É ali que eu ganho força, que eu cresço”, afirmou.

Burle foi o responsável por salvar Maya Gabeira após a queda da brasileira em uma onda gigante em Nazaré, Portugal, em 2013. Os dois treinam juntos e tentavam, na época, bater o recorde de maior onda.

“Quando comecei a trabalhar com a Maya... todo mundo questionou, inclusive eu, em relação a minha performance ser afetada porque eu trabalharia com a Maya”, admitiu. “E sabia que isso ia acontecer, porque ela não tem a mesma habilidade que o Eraldo (Gueiros, antigo parceiro de Burle) tem”.

“Mas, em contrapartida, olha quantas coisas ela fez para o esporte. Aí que vem minha conexão. Minha paixão é muito grande, mas é uma paixão que tem a ver com a aprovação, de que a gente era capaz”, completou.

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