De 'rebaixados' a estrelas: zebras ofuscam favoritos e podem brilhar no Rio
Adriano de Souza, Gabriel Medina, Filipe Toledo, Mick Fanning, Kelly Slater... Quem esperava vibrar com atuações espetaculares dessas figurinhas carimbadas do Circuito Mundial de Surfe (WCT) nesta temporada terá que se contentar, pelo menos por enquanto, com as zebras Matt Wilkinson, Sebastian Zietz e Kolohe Andino.
E por que eles são considerados azarões? Basta dar uma olhada na classificação da última temporada e nos históricos dos três para entender:
Matt Wilkinson
Integrante do WCT desde 2010, o australiano sequer sabia o que era vencer uma etapa da elite. Quando chegou mais próximo de uma vitória, em 2012, parou na final no compatriota Taj Burrow e ficou apenas com o vice-campeonato em Santa Cruz, nos Estados Unidos.
Na temporada passada, para não falar que foi um desastre total, conseguiu um terceiro lugar na etapa do Rio de Janeiro. No restante do ano, foi nono lugar duas vezes (Gold Coast e França), cinco vezes em 13º (Bells Beach, J-Bay, Taiti, EUA e Portugal) e duas vezes em 25º (Margaret River e Havaí), somando apenas 23,750 pontos, na 18ª posição, apenas quatro de distância da zona de rebaixamento.
Hoje, com apenas três provas disputadas, já possui 24,000, com duas vitórias e um nono lugar, líder isolado do WCT. E para não dizer que o primeiro lugar não é merecido, neste ano ele já venceu baterias com Julian Wilson, Filipe Toledo, Adriano de Souza, duas vezes, Taj Burrow e a lenda Kelly Slater.
Kolohe Andino
Se Matt Wilkinson escapou por pouco do rebaixamento na temporada passada, Kolohe Andino até caiu, mas conseguiu continuar na elite graças a uma 'brecha' da Liga Mundial de Surfe (WSL). Mas como assim? Vamos explicar.
No WCT, organizado pela WSL, os atletas não só podem como são obrigados a participar de algumas etapas da divisão de acesso (WQS), podendo inclusive somar pontos para, se estiverem em posição delicada na elite, se manterem entre os melhores do mundo através do ranking da segunda divisão. Ou seja, ele pode ser rebaixado e promovido na mesma temporada. E foi o que Kolohe fez.
Apesar de terminar em 25º, e teoricamente ser rebaixado, o americano teve um ótimo desempenho no WQS, terminou na vice-liderança (sobem os dez melhores surfistas) e "roubou" uma vaga que poderia ser de outro atleta do segundo escalão.
Hoje em quarto lugar, com um segundo, um 25º e um quinto lugar (13,700 pontos), Kolohe ainda não sabe o que é vencer uma etapa do WCT e, assim como Wilkinson, sua melhor campanha havia sido também no Rio de Janeiro, na temporada de 2014, quando perdeu a decisão para Michel Bourez.
Sebastian Zietz
Se o cenário de Wilkinson e Kolohe já é assustador, se preparem para ouvir sobre esse havaiano. Integrante da elite desde 2013, Zietz sequer havia passado de uma quartas de final até essa temporada. Sua melhor campanha, adivinhem? Rio de Janeiro, de novo. Em 2014, no mesmo ano em que Kolohe chegou à final, o havaiano caiu para Taj Burrow, terminando com um inédito quinto lugar até então.
Para piorar (ou melhorar), Sebastian, sim, foi rebaixado no ano passado. Em 2015, terminou o WCT na 26º posição, com apenas 16,750 pontos, tendo um nono lugar como melhor resultado da temporada. E, se foi rebaixado, como é o vice-líder da elite? Explicamos mais uma vez.
Como alguns surfistas da elite estão machucados, a organização, através do ranking geral, convida alguns atletas para substituírem os lesionados naquele evento. Foi assim que Zietz disputou as três etapas desta temporada (e irá disputar a quarta), somou 15,750 pontos, e é o atual vice-líder da competição.
Será que eles vão conseguir manter esse desempenho até a final do Mundial? Isso, só o tempo dirá. Mas, se depender do retrospecto dos três no Rio de Janeiro, é melhor ficar preparado para mais uma surpresa na temporada.
Confira as baterias do primeiro round do evento no Rio:
Janela aberta entre os dias 10 e 21 de maio
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