Topo

Filipinho lamenta falta de objetivo no Mundial e ignora favoritismo em casa

Filipinho nas ondas dos EUA, sua casa desde que deixou Ubatuba - WSL / Divulgação
Filipinho nas ondas dos EUA, sua casa desde que deixou Ubatuba Imagem: WSL / Divulgação

Guilherme Dorini

do UOL, em São Paulo

07/09/2016 08h18

Depois de disputar o título mundial até a última etapa da temporada passada, Filipe Toledo tinha tudo para brilhar em 2016. O surfista de Ubatuba, no entanto, sofreu com uma lesão no fêmur no começo do ano, que o deixou fora de duas provas, e acabou ficando sem ter por o que brigar no Circuito Mundial de Surfe (WCT). Mesmo assim, ainda é considerado favorito para a disputa em Trestles, nos Estados Unidos, que tem janela aberta a partir desta quarta-feira (7).

Na abertura do Mundial desta temporada, na Gold Coast australiana, Filipinho estava, literalmente, voando: com um ótimo surfe, com belos aéreos, já estava na semifinal e prometia levar o caneco para casa. Porém, na tentativa de uma de suas tradicionais manobras, acabou caindo de mal jeito, se machucou e foi eliminado. A lesão o fez ficar de fora de Bells Beach e Margaret River, voltando, ainda sem estar 100%, apenas no Rio de Janeiro.

Quando perguntado sobre o maior prejuízo da lesão, Filipe foi direto. "Você meio que perde o objetivo da competição. Mas a ideia é chegar no fim do ano bem, já que assim terei tempo de fazer algo específico caso precise", disse em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.

Filipinho, que ainda não conseguiu repetir o bom desempenho da temporada passada, revelou que a lesão ainda o atrapalha em alguns momentos. "Sinto ela de vez em quando, principalmente quando exijo demais dos movimentos. Vou fazer um fortalecimento especial agora, focado na lesão", completou.

FAVORITISMO EM "CASA"

Filipe Toledo é o atual campeão do US Open of Surfing - WSL/Divulgação - WSL/Divulgação
Filipe Toledo é o atual campeão do US Open of Surfing
Imagem: WSL/Divulgação

Nascido e criado nas ondas de Ubatuba, Filipe Toledo se mudou há alguns anos com a família para a Califórnia, mais precisamente San Clemente, onde está próximo de ondas clássicas da terra do Tio Sam, como a de Trestles, local da oitava etapa do WCT, que terá janela aberta nesta quarta-feira (7) até o próximo dia 18.

Apesar de nunca ter vencido uma etapa da elite nos Estados Unidos, Filipe possui um ótimo retrospecto em disputas da divisão de acesso (WQS): é bicampeão do US Open (2014 e 2016), uma das competições mais tradicionais do mundo do surfe, além de ter sido campeão do US Open Pro Junior em 2011, com apenas 15 anos, o que o faz ser um dos favoritos por lá.

"Não gosto muito disso (ser favorito), mas também não me importo. Cada campeonato é uma história. Caso não surfe bem, perder faz parte, não importa o lugar. Mas claro que gosto muito daquela onda, além de surfar com mais frequência agora", finalizou.