Em recuperação, Maya supera trauma e sonha com momento histórico no surfe
Guilherme Dorini
Do UOL, em São Paulo
21/10/2016 06h00
Em fase final de recuperação de uma terceira cirurgia na coluna, Maya Gabeira ainda não pode surfar as "bombas" que a fizeram ser considerada uma das melhores big riders do mundo, mas, aos poucos, vai voltando ao mar. Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, ela conta que o trauma sofrido em Nazaré ficou para trás e que espera estar em forma para participar do primeiro campeonato mundial de surfe de ondas gigantes só para mulheres.
Considerada uma das surfistas mais destemidas da atualidade, Maya sofreu um grande susto ao tentar surfar um "paredão" de 25 metros na Praia do Norte, em Nazaré (Portugal). Apesar de marcante, a carioca diz que o fato já é passado e que não mexe mais com sua cabeça na hora que entra no mar para surfar.
"Já é uma situação resolvida. Agora preciso estar mais focada na minha condição física e nos meus treinos do que em qualquer outra coisa", disse Maya. Na ocasião, outubro de 2013, ela foi resgatada do mar por Carlos Burle e precisou ser reanimada pelo companheiro de equipe nas areias da praia portuguesa.
A preocupação de Maya com os treinos e a preparação física é totalmente compreensível, já que ela é uma das três brasileiras, ao lado de Andrea Muller e Silvia Nabuco, convidadas para participar do primeiro campeonato mundial de ondas gigantes só para mulheres.
Apesar da janela de competição já estar aberta desde o último dia 15, a organização exige condições extremas para colocar as surfistas no mar neste tipo de torneio. E isso é bom para Maya, que já está treinando em ondas menores em Portugal (vídeo acima) e precisa de tempo para estar 100% para quando o swell chegar.
"Minha recuperação está indo muito bem. Já estou chegando aos 75%, eu diria. Cheguei mais cedo em Nazaré para ir ganhando ritmo aos poucos, já que é uma época muito boa de ondas médias por aqui. Apesar de surfar praticamente todos os dias, ainda existe algumas limitações, mas são poucas", contou.
"[A expectativa] é muito boa. Se [o campeonato] ocorrer mais para frente, vou competir. Acho que será um momento histórico para o surfe feminino", completou.
A competição é organizada pela Liga Mundial de Surfe (WSL), mesma entidade do Circuito Mundial de Surfe (WCT), que tem Adriano de Souza, o Mineirinho, como atual campeão, e ficará disponível até dia 28 de fevereiro de 2017. O local do evento ainda não está definido, já que depende da ondulação, mas as opções são a temida baía de Todos os Santos, no México, e Jaws, no Havaí.
NOVA CARREIRA?
Durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Maya Gabeira apresentava um quadro no programa Balada Olímpica, da TV Globo, onde ela falava sobre os assuntos que estavam “bombando” nas redes sociais relacionados aos Jogos. A surfista gostou da experiência e admite que virar apresentadora pode ser um caminho para quando parar de surfar.
“Foi muito legal. Como ainda estava em uma reabilitação, tive tempo para focar no quadro e ter uma experiência diferente. Aprendi bastante. Apesar de ainda estar muito focada na minha carreira como atleta, não descartaria essa possibilidade para o futuro [de virar apresentadora]. Pode ser um caminho”, finalizou.
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