Mundial já tem campeão, mas brasileiros ainda têm pelo que brigar no Havaí
O fato de John John Florence ter se consagrado campeão mundial com uma etapa de antecedência não deixa menos interessante a última competição do Circuito Mundial de Surfe (WCT) desta temporada. Muito pelo contrário. Se você está esperando um Pipe Masters – tradicional prova no Havaí – sem graça, saiba que muitos surfistas têm por o que brigar na reta final do campeonato. Principalmente alguns brasileiros.
Se Gabriel Medina, Adriano de Souza, Filipe Toledo, Italo Ferreira e Caio Ibelli estão em situação confortável, Wiggolly Dantas, Miguel Pupo, Jadson André, Alejo Muniz e Alex Ribeiro devem encarar a última etapa do calendário como “vida ou morte” na elite do surfe mundial. Esses cinco últimos citados se encontram em situação delicada na classificação geral e correm risco de serem “rebaixados” ao final do ano.
Para ficar mais claro, vamos primeiro explicar como funciona o sistema do WCT. A primeira divisão é formada por 34 atletas fixos, mais dois “convidados” (vencedores dos trials) por evento. Ao final da temporada, os 22 primeiros colocados se garantem na primeira divisão, enquanto outros dez conseguem classificação por meio da divisão de acesso (WQS). Os outros dois fixos entram em um esquema de convite, normalmente dado para surfistas que sofreram com lesão na temporada.
Dos cinco brasileiros citados acima, Dantas e Pupo ainda estão dentro dos que permaneceriam no WCT, mas ainda em situação de risco. Wiggolly é 20º, com 22,400 pontos, enquanto Miguel está logo abaixo, na 21ª posição, com 21,400.
Os outros três estão em situações realmente delicadas. Jadson André é o 25º colocado com 17,500, Alejo Muniz, que perdeu as duas primeiras etapas ainda se recuperando de lesão, está na 30ª posição com 14,250, e Alex Ribeiro, um dos estreantes nesta temporada, aparece apenas no 34º lugar, com 10,450.
WQS ERA ALTERNATIVA
O que pouca gente sabe é que no surfe, diferentemente do futebol, por exemplo, os surfistas da elite não só podem como são obrigados a participar de algumas etapas da divisão de acesso (WQS), podendo inclusive somar pontos para, se estiverem em posição delicada no WCT, se manterem entre os melhores do mundo através do WQS.
Ou seja, se um surfista da elite percebe que corre risco de ser rebaixado, ele pode, no meio da temporada, disputar algumas etapas da divisão de acesso para, assim, se manter na primeira divisão caso termine entre os dez primeiros.
No entanto, apenas um dos cinco brasileiros ameaçados aparece perto da zona de "acesso". Com dois ótimos resultados em Florianópolis e Havaí, Jadson André ocupa a 12ª posição. Os outros quatro sequer estão entre 50 colocados da competição, o que torna ainda mais fundamental um ótimo desempenho em Pipeline. Agora é “vida ou morte”.
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