Mundial de surfe chega à França e mistura surfistas com banhistas nus
O Circuito Mundial de Surfe (WCT) desembarcou na França para a nona etapa do ano, em Landes, a partir desta quarta-feira (3). O evento tem como palco o balneário de Hossegor, com o pico principal e outros alternativos. O mais inusitado é que o evento acontece em um centro onde a presença de naturistas é permitida
A faixa destinada aos banhistas nus é próxima ao principal local da competição e encontros não são incomuns. “Surfar com os naturistas é realmente estranho para nós brasileiros, porque a gente não está acostumado com isso, mas aqui é super normal. É algo da cultura do lugar. Não é uma praia exclusiva disso e são algumas pessoas que estão onde vai ser o evento. Já aconteceu de estar surfando e ter alguns naturistas na água. Geralmente, são pessoas mais idosas”, explicou Ian Gouveia, brasileiro que disputa a etapa.
A foto que abre esta matéria foi postada por Italo Ferreira, atual quarto colocado do ranking mundial, em sua conta no Instagram. Ela mostra o surfista ao lado de naturistas. A Liga Mundial de Surfe (WSL) não interfere no assunto. Durante a transmissão do evento, não impõe restrição ao longo da etapa aos naturistas, que evitam maior exposição no local da competição.
A história do país europeu com o Mundial de Surfe é antiga. Afinal, a França já faz parte do calendário desde 1983, e as etapas já rodaram por diferentes locais ao longo dos anos, como Hossegor, Lacanau e Biarritz - nesta última, o naturismo é ainda mais comum.
O naturismo surgiu na Alemanha e faz parte da cultura francesa desde o século passado. A Federação Francesa de Naturismo (FFN) foi criada na década de 1950 e atualmente tem mais de 150 associações ligadas à entidade. Segundo a FFN, a região da Nova Aquitânia, onde acontece a etapa do Circuito Mundial de Surfe, é uma das principais na França e conta com 10 praias onde o naturismo é permitido.
Soberania brasileira
A etapa da França tem as atenções voltadas aos surfistas do Brasil. Filipe Toledo lidera o ranking mundial, logo à frente de Gabriel Medina, que busca a terceira vitória consecutiva na temporada. O campeão mundial de 2014 defende o título em Hossegor e venceu as últimas duas etapas de 2018, no Taiti e na piscina de ondas de Kelly Slater.
O Brasil vem dominando o circuito e conquistou sete dos oito eventos realizados até o momento na atual temporada. Depois que o australiano Julian Wilson levou a melhor em Gold Coast no início do ano, os surfistas brasileiros venceram todas as etapas desde então. Além dos dois triunfos de Medina, Italo e Filipe também conquistaram dois eventos, enquanto o novato Willian Cardoso ficou com uma vitória.
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