Surfista gastou R$ 900 em bebidas alcóolicas antes de causar morte
O surfista Luis Felipe Cesarano, conhecido como "Felipe Gordo", foi indiciado por homicídio doloso, após causar um acidente de carro que matou uma pessoa no Rio de Janeiro. A investigação da Polícia Civil concluiu que ele gastou aproximadamente R$ 900 em bebidas alcoólicas no dia da tragédia e portanto assumiu o risco de matar.
A morte aconteceu em 16 de dezembro do ano passado, na Auto Estrada Lagoa Barra. O carro dirigido pelo surfista atravessou o canteiro de divisória das pistas, entrou na contramão e colidiu com o veículo conduzido pelo sargento da Marinha Diego Gomes da Silva, que tinha 36 anos e morreu na hora.
A polícia prendeu Felipe em flagrante. Mas ele foi solto após audiência de custódia e atualmente responde ao crime em liberdade. Inicialmente ele ia responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Mas as investigações mudaram tudo, após diligências realizadas pela 15ª DP. Foram feitas perícias de local, perícias de imagens, requisição de documentos, depoimentos de testemunhas e análise de dados. Tudo isso gerou o indiciamento por homicídio doloso, na modalidade dolo eventual, em razão de ter assumido o risco de matar a vítima.
Antes de dirigir, Felipe gastou aproximadamente R$ 900,00 em bebida alcoólica, em uma boate na Barra da Tijuca. Daniel Rosa, delegado do caso, disse, em entrevista à Globonews, que Felipe alegou ter tomado apenas cervejas, mas as comandas mostram compras de vodka também.
Câmeras registraram que ele estava visivelmente alterado pouco antes de entrar no carro. Além disso, Felipe estava com a CNH suspensa desde 2016. A perícia revelou que, segundos antes do acidente, o carro do surfista estava a uma velocidade de 144 Km/h.
Felipe é um dos maiores especialistas em ondas grandes do Brasil. Ele costuma surfar ao lado de astros do surf e já participou de programas de televisão sobre o esporte, além de ter concorrido ao "Oscar de ondas gigantes", organizado pela WSL (Liga Mundial de Surfe).
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