Justiça aceita denúncia de homicídio culposo e Felipe Cesarano vira réu
A Justiça do Rio aceitou a denúncia do Ministério Público contra o surfista de ondas grandes Felipe Cesarano, o Gordo. Ele é acusado de homicídio culposo cometido na direção de veículo automor com agravante de ingestão de bebida alcoólica e agora virou réu no caso. Um sargento da Marinha atingido pelo carro do carioca morreu.
Na decisão, a juíza Simone de Faria Ferraz, da 23ª Vara Criminal, destacou o Exame de Alcoolemia realizado no surfista. O laudo aponta que Cesarano riu durante o exame pericial, apresentou fala confusa e repetitiva e não conseguiu realizar manobras neurológicas de forma adequada. Segundo a Polícia Civil, ele gastou R$ 900 em bebidas antes da batida.
"No mesmo sentido, os elementos de convicção constantes dos presentes autos, em especial as declarações prestadas, bem como o Laudo de Exame de Alcoolemia, a Guia de Remoção de cadáver e o Laudo de Exame de Necropsia conferem a justa causa necessária para o recebimento da denúncia".
O UOL ainda não conseguiu contato com a defesa do réu e atualizará a reportagem caso haja um posicionamento.
Gordo, como é como é conhecido, colidiu com o veículo oficial de um militar em dezembro do ano passado. O sargento da Marinha Diogo da Silva morreu no local. O carro dele foi atingido de frente pelo veículo do surfista que estava na pista contrária à dele. O acidente ocorreu na Autoestrada Lagoa-Barra, na zona sul do Rio.
Gordo foi preso em flagrante no local do acidente e solto um dia depois mediante o cumprimento de medidas cautelares como o comparecimento mensal ao juízo. O surfista também foi proibido de frequentar bares, casas noturnas e quaisquer locais onde sejam vendidas bebidas alcoólicas para consumo imediato. O surfista também teve o direito de dirigir suspenso.
Menos de dez dias após o acidente, um patrocinador rompeu com o atleta e retirou o apoio dado ao surfista.
Investigações
De acordo com as investigações, o acidente ocorreu após Cesarano sair de uma boate na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, onde consumiu bebida alcoólica. Imagens de câmeras de segurança, mostraram o surfista deixando o local visivelmente embriagado. Da boate até o local do acidente, o atleta dirigiu 8 quilômetros. Antes, Gordo havia participado de uma festa na casa de um amigo.
Além disso, um laudo de Exame de Local de Acidente de Trânsito, produzido pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) concluiu que o surfista dirigia a 123 km/h. A velocidade permitida da via era de 80 km/h.
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