UOL Esporte Tênis
 
05/11/2009 - 22h55

Agassi pede compaixão aos seus críticos em caso de doping

Das agências internacionais
Em Nova York (Estados Unidos)

O ex-tenista Andre Agassi quebrou o silêncio em entrevista à uma emissora de televisão dos Estados Unidos. O norte-americano, que tem sido alvo de severas criticas desde que revelou ter utilizado uma droga conhecida como cristal em seus tempos de jogador, pediu que as pessoas tenham compaixão ao analisarem o caso.


O ex-número 1 do mundo foi o entrevistado do programa 60 minutos, que irá ao ar no próximo domingo. Agassi falou sobre o livro "Open", uma autobiografia em que revela o uso da substância ilícita, e da sua batalha contra a depressão.

O norte-americano se mostrou emocionado ao comentar as críticas da ex-tenista Martina Navratilova, que o comparou a Roger Clemens, jogador de beisebol que enfrenta acusações de doping. "Espero que junto [com as criticas] venha a compaixão. Talvez essa pessoa não precise de uma condenação, mas sim de um pouco de ajuda. Eu estava em um momento da minha vida em que precisava de ajuda".

Em seu livro, Agassi revela que começou a utilizar a droga em 1997 e conta que foi pego no exame antidoping. O ex-número 1, porém, mentiu para a ATP ao afirmar que havia ingerido acidentalmente a substância e acabou absolvido pela entidade.

Apesar de mostrar tristeza com o incidente, Agassi disse não estar arrependido por ter divulgado o seu consumo de drogas em sua autobiografia. O norte-americano, porém, admitiu que isto pode fazer com que perca o seu lugar no Hall da Fama do tênis.

"Não sei quais serão as ramificações disto. O que tenho a perder ao divulgar esta história é o preço [a pagar] pela transparência que eu tenho a ganhar", disse Agassi.

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