09/11/2009 - 08h19

Presidente da WTA pede alteração em sistema de 'paradeiro' no antidoping

Das agências internacionais
Em Bali (Indonésia)

Uma semana após a divulgação das suspensões por um ano aos tenistas belgas Yanina Wickmayer e Xavier Malisse por não terem comunicado onde estiveram durante torneios, burlando a regra 'wheresabout' ('paradeiro', em português), da Agência Mundial Antidoping (Wada), a presidente da WTA, Stacey Allaster, afirma que acha a decisão excessivamente rígida.

"Basicamente, a cada trimestre, eles (os jogadores) vão para o sistema de computador e têm de passar pelo menos uma hora por dia, onde eles estarão", afirmou a presidente da WTA à agência Reuters. "Não há nenhuma dúvida de que este programa antidoping é rigoroso e acho que todos nos esportes que fazem parte do código da Wada estão unidos que nós queremos ter um desporto limpo", completou.

Allaster, que afirma ter também o apoio da ATP, acredita que o sistema de informação de onde os atletas estarão a cada semana poderia ser modificado durante os torneios, em que a Wada poderia ter um melhor acompanhamento e poderia evitar casos como os de Wickmayer e Malisse.

"Este teste rigoroso para fora da competição, o que é realmente o que a regra é sobre o paradeiro, tem como princípio manter a integridade dos sistemas de exames e a integridade do esporte. Mas acho que juntamente com a ATP, nós acreditamos que os processos de comunicação durante as competições poderiam ser alterados. Acho que quando os atletas estão em competição é fácil para a Wada acompanhá-los", afirmou a dirigente.

Ela afirma que as entidades que regem o tênis mundial estão em conjunto para tentar uma resolução para o caso. Tenistas como o espanhol Rafael Nadal já fizeram queixas sobre o sistema adotado para o exame antidoping, mas a ATP e a WTA ainda não haviam se manifestado.

"Se eu estou em um torneio em que eu não sei quando será minha partida, eu não sei quando vou treinar. Isso se torna um desafio para os atletas em competição. Então, juntamente com a ATP, temos requerido através da Federação Internacional de Tênis à Wada, para fazer mudanças nos procedimentos para a estrutura do programa de paradeiro nas competições", finalizou Stacey Allaster.