20/11/2009 - 20h13

Presidente da ATP afirma que não reabrirá caso de Agassi

Das agências internacionais

Em Londres (Inglaterra)

Andre Agassi faz lançamento de sua polêmica autobiografia em Nova York, nos Estados Unidos

A Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) anunciou que não vai reabrir o caso de doping revelado pelo tenista norte-americano Andre Agassi em sua autobiografia, intitulada “Open” (“Aberto”, em português), em que ele conta ter usado substância proibida e não ter recebido punição mesmo após a entidade tomar conhecimento do caso.

Nesta sexta-feira, Adam Helfant, que assumiu a presidência da entidade em janeiro deste ano, afirmou que não há chances de se tentar dar uma punição a um tenista que já encerrou sua carreira.

“Tem havido muitas especulações sobre a ATP reabrir o caso, mas não podemos fazer isso porque ele não está mais jogando no circuito”, afirmou Helfant em Londres, onde ocorre a partir deste domingo a disputa do ATP Finals, antiga Masters Cup.

O dirigente da ATP ressaltou que a entidade procurou formas de tentar investigar o que ocorreu no caso de André Agassi, mas que não há o que fazer.

“Eu consultei um escritório de advocacia no exterior para analisar os registros de 1997 assim que soube de todos os fatos. Andre Agassi admitiu que falhou em um exame antidoping em 1997 e, lamentavelmente que ele mentiu sobre isso. Infelizmente ele conseguiu sair com isto”, disse Helfant.

O presidente da ATP afirmou que a decisão de não revelar o exame positivo de doping estava de acordo com a sua política de não se pronunciar sobre casos de doping. “Se tivéssemos revelado o teste seria uma contravenção às regras da época”, declarou.

Helfant ainda revelou que teve uma “conversa muito franca” com Agassi depois que o livro foi publicado e que a ATP respondeu à Agência Mundial Antidoping (Wada, sigla em inglês) a questões sobre o assunto. O dirigente afirmou que o conteúdo das conversas não se tornará público.