Gustavo Kuerten recebeu homenagem no Rio de Janeiro pelos 10 anos desde que foi número 1
Principal tenista masculino do Brasil, Gustavo Kuerten mostra animação com a fase de Thomaz Bellucci, por vezes apontado como seu sucessor. Apesar da badalação em torno do atual número 1 do tênis no país, Guga ainda espera momentos de adaptação para o novato e acredita que ele poderá chegar ao top 10.
"Acho que ele esta ainda em um processo de adaptação na carreira e vejo que tem possibilidade de chegar entre os 20 e os dez do mundo, é um jogador que está bem contemporâneo com a maneira de jogar", analisa Kuerten.
Confiante no empenho de Thomaz Bellucci, Guga lembra que o campeão do Torneio de Santiago terá de saber lidar com a pressão de entrar como favorito em torneios maiores. Para o ex-tenista brasileiro, Bellucci tem capacidade para se manter durante longo prazo entre os melhores.
"Ele vai jogar os principais torneios, se habituar mais a jogar como favorito e ter outras expectativas que são maiores, mas tem muito recurso. A análise geral é bem positiva, ele tem várias características no jogo que podem fazer com que tenha sucesso. Está no caminho certo para ficar entre cinco e dez anos entre os 50 do mundo e pode chegar entre os dez", afirmou Guga.
Contente com uma geração de tenistas iniciando boas campanhas além de Bellucci, como no caso do alagoano Tiago Fernandes, que venceu o Aberto da Austrália juvenil deste ano, Gustavo Kuerten acredita que o tênis voltou a ter um bom momento no Brasil, mas ainda não vê a formação ocorrendo da forma como deveria.
"Essa geração é muito promissora. É verdade que ficou uma entressafra natural pelo fato que essa gurizada de hoje, em 1997 estava pelos clubes, começando a se inspirar com o tênis. Muita coisa que ainda tem que ser trabalhada, lapidar um pouco mais esse conceito de se formar jogador, acho que a gente já poderia estar com maior número de jogadores se destacando", afirma Gustavo Kuerten.
Com as reclamações recentes de tenistas tops quanto ao calendário do tênis e propostas por novas regras, como no formato de disputa da Copa Davis, e até mesmo sobre o barulho em quadra, Guga não se mostra muito aberto a novidades.
"O tênis da mesma forma que tem alguns regulamentos que tornam o ambiente mais silencioso, às vezes é emocionante quando fica tudo no silêncio na quadra e o vazio assim. Acho que se destaca também por ser algo diferente. Eu estou acostumado a jogar com barulho, adoro a participação da torcida, mas tênis também tem um regulamento que se ficar mudando muito, é capaz de perder o brilho e a essência que existe", analisa o ex-tenista.
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