UOL Esporte Tênis
 
14/03/2010 - 07h00

Final contra Meligeni no Rio serve para impulsionar volta de Philippoussis

Rubens Lisboa
No Rio de Janeiro

Em sua segunda edição, o Rio Champions reúne em sua final, a partir das 11h deste domingo, dois tenistas em situações bastante opostas. Enquanto o representante brasileiro Fernando Meligeni se vê tendo de mudar a forma de jogar aos 38 anos, o oponente australiano Mark Philippoussis vê o evento como uma forma de confirmar sua condição para retornar ao tênis profissional.

Philippoussis foi um dos primeiros jogadores a chegarem ao Rio de Janeiro para disputar o torneio de veteranos. Antes de vencer suas duas partidas e garantir sua primeira final em um evento da série, o australiano treinou com o brasileiro João Souza, o Feijão, durante sua preparação.

Se a partida contra Meligeni pode parecer uma diversão para o australiano, a realidade de Philippoussis é bem diferente, já que ele foi o jogador que atuou em melhor nível durante os dois primeiros dias do Rio Champions, mostrando que está realmente motivado para voltar ao circuito ATP.

“Estou vendo esse torneio como um primeiro passo nessa volta ao circuito, tenho trabalhado muito no meu jogo, estou tentando melhorar fisicamente e à medida que fortalecer jogarei melhor. Estou satisfeito, treinando, com motivação para treinar e jogar, tenho me sentido bastante confortável na quadra e me divertindo com o pessoal”, afirmou o australiano após garantir vaga na final.

Ex-número 8 do ranking mundial e sempre perigoso com os seus potentes saques, Philippoussis deixa Fernando Meligeni ciente de que precisa estar em um ótimo dia para conseguir a vitória em casa, o que pode ser seu primeiro título de veteranos após quatro vices.

“Você conversa com o cara (Philippoussis) e ele te dá claramente que está treinando mais dois, três meses para ver se esta 100% fisicamente e vai voltar a jogar o circuito profissional. E um cara que quer voltar amanhã para jogar, fica difícil”, analisa Meligeni, que tem uma classificação para o australiano.

“É uma besta humana com uma bazuca na mão. Você abaixa, bota o capacete e espera o cara não sacar em você, porque se sacar é nocaute”, brincou o brasileiro, que diferentemente do adversário na final, não tem a preocupação de viver o tênis diariamente como durante a carreira.

Se um título contra Meligeni após as vitórias contra Cedric Pioline e Mats Wilander pode simbolizat algo para seu reinício de carreira ou não, Philippoussis não está preocupado e espera poder voltar a jogar em seu melhor nível, o que não pôde ser analisado em sua única partida como profissional no ano, quando foi batido no Challenger de Dallas, nos Estados Unidos.

“Independentemente de quem joga, vencer é muito bom para adquirir confiança e seguir treinando. Tenho usado esse torneio para me preparar melhor nessa volta, em Dallas joguei como preparação, tinha o ranking protegido e poderia jogar um torneio, sabia que ainda não estava pronto, mas foi uma forma de testar o corpo e perceber como estou”, explicou o australiano.

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