20/03/2010 - 07h00

Com centro da CBT, São Paulo deverá ser a 'casa' do Brasil na Copa Davis

Rubens Lisboa

Em Sâo Paulo

Apesar de não conseguir a sede do confronto com o Uruguai pela Copa Davis, em disputa na qual foi escolhida a cidade de Bauru, no interior paulista para sede, a cidade de São Paulo terá a principal vantagem no caso de o Brasil vencer os uruguaios e disputar a repescagem em casa. Além disso, a capital paulista deverá ter finalmente o sonhado centro de treinamento, que será a sede da CBT, além de poder receber o Aberto do Brasil.

BAURU SEDIA PARTIDAS CONTRA URUGUAI

A cidade de Bauru foi escolhida pela Confederação Brasileira de Tênis (CBT) para receber o confronto entre Brasil e Uruguai pela final do Zonal Americano da Copa Davis, entre os dias 7 e 9 de maio. Bauru venceu a disputa com São Paulo e Blumenau, para receber as partidas em arena a ser armada no centro do campo de futebol do Bauru Tênis Clube

Um triunfo e o apontamento do sorteio da ITF para que o Brasil enfrente Áustria, Bélgica, Colômbia, Itália ou Suíça, devem dar a São Paulo a sede do confronto entre 17 e 19 de setembro para a tentativa de retorno ao Grupo Mundial após sete anos. Para a repescagem da Davis, o local das partidas seria uma arena no sambódromo do Anhembi, onde seria realizado o confronto com o Uruguai se a capital fosse escolhida sede.

"O prefeito tem bastante interesse, a gente também tem o interesse de fazer em São Paulo. É que agora ficou muito em cima e a transformação da estrutura era complicada, então eu até falei para esperar que logo após o dia 9 de maio, dois dias depois sai o sorteio. Em cinco meses dá para fazer com tranquilidade", afirma Jorge Lacerda, presidente da CBT, ao UOL Esporte.

Mas além do confronto pela repescagem, a cidade de São Paulo poderá ser uma sede fixa do Brasil na Copa Davis. Depois de muita negociação, que chegou a causar polêmica entre o dirigente da CBT e o secretário de Esportes de São Paulo, Walter Feldman, o projeto está prestes a sair do papel e já tem local definido.

"Nós vamos fazer a sede da Confederação, com dez quadras. Por que não fazer a Copa Davis em São Paulo, que temos sede pronta? Gasta menos, a gente não pode ficar desperdiçando dinheiro", afirma Jorge Lacerda.

O presidente da CBT explica que desta vez a entidade máxima do tênis brasileiro já tem até mesmo os parceiros para facilitar o início das obras logo após a liberação do local.

"O projeto avançou bastante, hoje quem está lá são as empresas que estão fazendo a obra do metrô, eles saem até 30 de junho. O secretário mostrou interesse e vai verificar como faz para ceder a nós e quantos metros quadrados, porque tem 120 mil e não precisamos de tudo. Fica ao lado do Parque Villa-Lobos, em um depósito do metrô. Já está tendo uma terraplanagem, quem está comandando lá é a (construtora) Odebrecht, que vai deixar no nível que a gente quiser para começar. Já temos a empresa que é nossa parceira de quadras, a Brascourt", explica o dirigente.

Outro possível ganho no tênis para a cidade de São Paulo poderá ser a sede do único torneio ATP brasileiro, o Aberto do Brasil, que ocorre desde 2001 na Costa do Sauipe, na Bahia, mas que com a troca de patrocínio de Banco do Brasil para Gillette há a possibilidade de troca no local, principalmente se a sede da CBT ficar pronta em breve.

"O Aberto do Brasil já falou e em 2011 ou 2012 ele pode ser aqui. Eu estava em uma reunião com eles e o secretário. Então acredito que essa liberação do terreno, e a gente já tem patrocinador para apoiar esse desenvolvimento do centro, vai ser um momento muito importante", afirma Lacerda.

A troca da Bahia por São Paulo no Aberto do Brasil ainda depende da promotora Koch Tavares, que é proprietária do evento e da data ATP. Mas após conversa com os representantes da empresa o presidente da CBT acredita que a mudança deverá mesmo ocorrer logo que o centro da entidade ficar pronto.

"Fica a critério da Koch Tavares, que esteve conosco na reunião com o secretário. Eles não garantem que vêm, mas deixou claro que saindo o centro é muito provável que migrem da Bahia para cá. É ótimo para São Paulo também, que passa a ter um local para fazer grandes eventos. Vai ser o grande diferencial para São Paulo, vamos ter um local que onde tiver tênis poderá ser lá: Copa Davis, Challenger, o que precisar, está pronto", finalizou o dirigente catarinense.