UOL Esporte Tênis
 
01/04/2010 - 07h00

Top 5 - Confira os tenistas que mudaram de nacionalidade durante a carreira

Do UOL Esporte
Em São Paulo

Nas últimas semanas, o tenista alemão Tommy Haas anunciou sua mudança de nacionalidade, passando a defender os Estados Unidos. Haas obteve seu passaporte norte-americano após anos residindo em Bradenton, na Flórida, e já é representante dos EUA no ranking mundial da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP).

Ex-número 2 do ranking mundial, Haas fez a troca de país aos 32 anos, em uma época em que não tem obtido bons resultados. A troca de nacionalidade no tênis não é novidade. São vários os casos de tenistas que acabaram mudando de país após anos morando fora do local onde nasceram, como Fernando Meligeni, nascido na Argentina, que se tornou brasileiro após ter sido criado no país. O país que mais costuma receber “refugiados” no tênis é os Estados Unidos, com casos como Ivan Lendl e Martina Navratilova.

 

TOP 5 - CONFIRA TENISTAS QUE MUDARAM DE NACIONALIDADE

REVIRAVOLTA DE JELENA DOKIC

Devido aos conflitos armados na região da Iugoslávia, extinto país onde nasceu, a tenista Jelena Dokic mudou-se com sua família para a Austrália e jogou pelo país da Oceania até 2000. Em 2001, seu polêmico pai Damir Dokic concorreu a cargos políticos na Iusgolávia e fez com que a tenista defendesse seu país de origem entre 2001 e 2005. Mas no Aberto da Austrália de 2006, com seu ranking em queda, Jelena Dokic voltou a jogar pela bandeira australiana.
TROCA DE PAÍS APÓS OS 30 ANOS

Nascido na cidade de Ostrava, na antiga Tchecoslováquia, Ivan Lendl alcançou a liderança do ranking ATP pela primeira vez em fevereiro de 1983, aos 23 anos, dois anos após ter se mudado para os Estados Unidos. Sua naturalização ocorreu apenas aos 32 anos do tenista, que já havia conquistado 91 títulos na carreira e estava em decadência. Lendl deixou de defender seu país de origem na Copa Davis em 1986 por ter sido considerado pelo governo comunista tchecoslovaco como um desertor ilegal.
CONQUISTAS POR DUAS NAÇÕES

Monica Seles apareceu para o mundo ao conquistar o título de Roland Garros em 1990, tornando-se a mais jovem a vencer o evento com 16 anos. Nascida em Novi Sad, na Iugoslávia, alcançou o número 1 do ranking WTA em março de 1991 e pelo país de origem ainda obteve outros sete títulos de Grand Slam. Em 1993 se afastou das quadras após levar uma facada de um torcedor alemão. No período obteve naturalização como norte-americana e venceu o Aberto da Austrália de 1996 defendendo os EUA.
DA ARGENTINA PARA O BRASIL

Fernando Meligeni nasceu em Buenos Aires, na Argentina, mas devido à mudança de sua família para São Paulo acabou sendo criado no Brasil. Quando começou sua carreira de tenista, foi morar na Argentina e pelo país onde nasceu conquistou o Orange Bowl, considerado o campeonato mundial juvenil de tênis. Ao completar 18 anos, escolheu jogar pelo Brasil, participando de Copa Davis e dos Jogos Olímpicos, além do Pan de Santo Domingo-2003, quando ficou com a medalha de ouro e encerrou sua carreira como profissional.
MUDANÇA POLÍTICA PARA OS EUA

Martina Navratilova, dona de 167 títulos de simples e 177 de duplas como tenista, nasceu na Tchecoslováquia e viveu no país até os 18 anos. Pela nação europeia conquistou seus primeiros Majors entre 1978 e 1981, quando passou a defender os EUA por pressão política, em uma época na qual havia problemas com o seu país, em regime comunista. Como norte-americana, faturou 15 títulos de Grand Slam em simples. Além dos títulos, ficou marcada por engajamento político e revelou ser homossexual em 1981. Recuperou sua nacionalidade tcheca em 2008.

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