06/04/2010 - 12h52

Ídolo do tênis argentino, Vilas afirma que Copa Davis está próxima do fim

Do UOL Esporte

Em São Paulo

Guillermo Vilas disputou a Copa Davis durante 14 anos pela equipe argentina e jamais foi campeão

Principal ídolo do tênis argentino, o ex-jogador Guillermo Vilas critica o atual formato da Copa Davis e acredita que a competição centenária disputada por equipes nacionais está próxima a deixar de existir, uma vez que não é mais capaz de atrair os principais tenistas do mundo.

“A Davis tem as horas contadas. Não representa o esforço dos jogadores nem gera interesse no público. Para que seja um evento atrativo, teria de ser jogada por equipes mistas, com homens e mulheres de cada país, que se reunissem a cada quatro anos como um mundial para medirem para ver qual é o melhor”, afirmou Vilas em entrevista ao site da Secretaria de Esportes da Nação Argentina.

O argentino representou a Argentina durante 14 anos na Copa Davis, mas jamais conseguiu conquistar o título da competição, mesmo disputando uma final. Para ele, uma mudança no sistema de disputa dará atenção ao evento.

“Hoje na Davis ganha a equipe e não o jogador, por isso um bom jogador de um país sem jogadores de nível parece não ter chances de ganhar. Com esta nova idéia se poderia realizar a cada quatro anos e isso implicaria menos desgaste para os jogadores. Além disso, dá maior relevância a uma competição que não ocorre todos os anos e você pode se manter como campeão por quatro anos”, disse o ex-tenista.

Vilas elogiou a participação do experiente David Nalbandián no confronto com a Suécia, em que os argentinos conquistaram a vitória fora de casa após terem perdido a primeira partida do confronto.

"Me pareceu uma mudança inteligente. Se perdesse não seria dito nada, não tinha pressão nem nada para perder. Foi uma situação heroica, de alguém que veio de lesão e não precisaria assumir a culpa por um resultado ruim", analisou Guillermo Vilas.