26/04/2010 - 07h00

De volta aos títulos, Nadal é o adversário a ser evitado no Masters de Roma

Do UOL Esporte

Em São Paulo

Rafael Nadal busca o seu quinto título no Masters 1000 de Roma após ter descansado em Barcelona

O domínio dos torneios de saibro nas temporadas, em que conquistou 25 títulos na carreira, rendeu ao espanhol Rafael Nadal a alcunha de “rei do saibro” e levou o tenista ao topo do ranking mundial entre as temporadas de 2008 e 2009. O estilo de jogar do espanhol, adepto da força acima da técnica, prejudicou sua sequência no ano passado e alguns chegaram a duvidar se ele poderia recuperar o status, mas o respeito voltou.

Mais do que o fim de jejum de 11 meses sem títulos, a conquista do Masters 1000 de Monte Carlo serviu para Nadal recuperar o respeito dos adversários e mostrar que ainda pode ser dominante no saibro. Em cinco partidas, foram apenas 14 games perdidos e nenhum set com triunfo de oponentes.

Agora com as presenças de Andy Murray, Novak Djokovic e Roger Federer, a tentativa do quinto título no Masters 1000 de Roma coloca o tenista espanhol em outra condição. Nadal é o cabeça de chave três e sai na mesma chave do suíço Roger Federer, que recuperou o número 1 do ranking enquanto o espanhol esteve em recuperação de suas lesões.

Campeão de Roland Garros no ano passado, Federer poderia ser considerado favorito, afinal sempre jogou bem no saibro, mas o retrospecto de apenas duas vitórias em 11 partidas contra Nadal no saibro fazem com que o suíço mantenha os pés no chão e jogue o favoritismo para o rival.

DESEMPENHO DE NADAL CONTRA CABEÇAS DE CHAVE DE ROMA NO SAIBRO

PLACAR	TENISTA
9 X 2	Roger Federer (SUI) - 1º
9 x 0	Novak Djokovic (SER) - 2º
2 x 0	Andy Murray (GBR) - 4º
5 x 0	Fernando Verdasco (ESP) - 6º

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“Ele esteve absoluto durante os últimos cinco anos. Ele dificilmente é derrotado em qualquer partida, você pode contar nos dedos as suas derrotas, e ele perdeu apenas uma partida no Aberto da França, então eu acho que ainda é o favorito”, lembrou Federer, que fez questão de afirmar não estar tentando fugir da responsabilidade.

“Adoraria dizer que sou o grande favorito, mas não acho que isso seja o certo, embora tenha vencido Roland Garros no ano passado. Ele apenas comprovou novamente em Mônaco o quão duro é”, disse o suíço.

Federer tem razão quando fala sobre a quantidade de derrotas do espanhol no saibro, afinal, são apenas 17 os revezes de Rafael Nadal contra 178 vitórias na carreira se contabilizados apenas as partidas em que ele e os adversários estiveram em quadra para jogar em torneios ATP e Roland Garros.

Vítima mais recente dos golpes de Nadal, o compatriota Fernando Verdasco perdeu a final de Monte Carlo com apenas um game somado na partida. “Talvez ele esteja dois níveis acima de todo mundo”, diz Verdasco. Quarto colocado no ranking mundial, Andy Murray concorda com o vencedor do Torneio de Barcelona. “Provavelmente é melhor evitá-lo o máximo possível”.

Assim, o vencedor da partida entre o uruguaio Pablo Cuevas e o alemão Philipp Kholschreiber, que se enfrentam pela primeira rodada às 8h (de Brasília), já deve imaginar que dificilmente chegará à terceira rodada do torneio, já que o adversário será Rafael Nadal.