Marcos Daniel abre confronto em partida de simples contra o uruguaio Marcel Felder em Bauru
O confronto entre Brasil e Uruguai na tentativa de uma vaga na repescagem do Grupo Mundial aponta um abismo técnico entre as duas equipes, com os próprios jogadores da equipe visitante admitindo as remotas chances de vitória nos enfrentamentos que começam nesta sexta-feira a partir das 10h (de Brasília), em Bauru.
Sem poder contar com Pablo Cuevas, que ficou na Europa para jogar o Torneio de Estoril, o capitão uruguaio Enrique Perez conta com Marcel Felder, de 25 anos, como seu principal tenista, responsável por jogar três partidas contra os brasileiros, duas em simples e uma em duplas.
Felder é apenas o número 267 do ranking mundial e está atrás de oito brasileiros na lista, superado inclusive por Ricardo Hocevar, 182º do mundo, que é reserva da equipe anfitriã. Nas duplas a situação é ainda mais favorável aos brasileiros, com 23 jogadores melhores que Felder no ranking. Os outros dois tenistas da equipe uruguaia são Ariel Behar, de 20 anos, que jogará duplas e tem três partidas na Davis, e Martin Cuevas, irmão de Pablo Cuevas, com 18 anos, com apenas um jogo.
26º Thomaz Bellucci |
91º Marcos Daniel |
94º Ricardo Mello |
123º João Souza |
127º Thiago Alves |
151º Julio Silva |
182º Ricardo Hocevar |
213º Caio Zampieri |
Enrique Perez admite que o Uruguai não entra no confronto com boas chances de sair com a vitória e se conforma em tentar dar experiência a seus jogadores.
“Meu objetivo aqui obviamente é tentar ganhar cada ponto, e se der, levar o confronto, mas também temos de ser sinceros na situação que a gente se encontra no momento e usar o máximo de cada jogo para pegar experiência, que é muito importante” afirma.
Enquanto o tênis brasileiro vive um momento de ascensão, com Thomaz Bellucci entre os 30 melhores do mundo e outros dois tenistas no top 100, a modalidade passa por um momento complicado no Uruguai, que tem apenas cinco representantes no ranking mundial da ATP, além de nove juvenis, liderados por Martin Cuevas, que é apenas o 648º na lista que tem como primeiro colocado o alagoano Tiago Fernandes.
Para evitar um vexame, o capitão brasileiro João Zwetsch trabalha com os jogadores brasileiros para tentar evitar euforia e possíveis surpresas que possam comprometer o status de favorito da equipe mandante. Para ele é preciso saber aproveitar o favoritismo e acostumar os jogadores vencerem nesta condição.
Marcos Daniel (BRA) x Marcel Felder (URU) |
Thomaz Bellucci (BRA) x Martin Cuevas (URU) |
“É inegável que a nossa equipe é mais forte, que a gente tem o favoritismo do confronto e que temos a vantagem de jogar em casa. Estou sempre falando para eles que a gente não tem de deixar nunca isso de lado, não tem que fazer de conta que isso não existe, muito pelo contrário, temos que estar preparados para jogar e enfrentar situações com a consciência de que temos certas vantagens e privilégios nesse confronto”, afirma Zwetsch, que prega respeito aos rivais.
“São jovens, são jogadores cheios de energia, impetuosos, bons jogadores, com pouca experiência, mas com muita vontade e vão entrar nos jogos sem muita responsabilidade. Tudo o que eles fizerem lá dentro vai ser lucro. Precisamos estar prontos para esse tipo de situação e todos estão prontos para isso, tenho certeza que vão entrar em quadra e dar conta do recado”, completa Zwetsch.
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