UOL Esporte Tênis
 
07/05/2010 - 06h00

Zwetsch admite pretensão de liberar Bellucci se fechar confronto no sábado

Rubens Lisboa
Em Bauru (SP)

Técnico de Thomaz Bellucci no melhor momento da carreira do brasileiro, João Zwetsch faz sua estreia no comando da equipe nacional na Copa Davis nesta sexta-feira em Bauru, a partir das 10h, com o objetivo de vencer as três primeiras partidas e encerrar a disputa para poder poupar o principal tenista do país de jogar no domingo, podendo assim viajar a Madri para jogar o Masters 1000 espanhol.

Com a experiência de ter trabalhado durante um longo período e com diferentes capitães na equipe brasileira na competição por equipes, Zwetsch tenta não passar a Bellucci que poderá lhe “despachar” para sua preparação visando o torneio no saibro europeu, mas admite que deverá fazer isso.

“Existe essa possibilidade sim, é uma coisa que eu até não comento muito com o Thomaz, mesmo porque nesta semana ele realmente joga toda a energia dele, que é uma coisa muito legal, nos treinamentos, no foco para o jogo, ele gosta muito de jogar a Copa Davis, valoriza, tem um carinho muito grande e vontade”, afirma Zwetsch.

Poupado dos excessos nos treinamentos para encarar o Uruguai, Bellucci deverá jogar já na terça-feira no evento espanhol do qual acabou desistindo no ano passado justamente devido à Copa Davis, já que estava na Colômbia para o confronto do Zonal Americano no ano passado.

PARTIDAS DO CONFRONTO EM BAURU

Sexta, 10hMarcos Daniel x Marcel Felder
Sexta, 12hThomaz Bellucci x Martin Cuevas
Sábado, 11hMarcelo Melo/Bruno Soares x Marcel Felder/Ariel Behar
Domingo,10hThomaz Bellucci x Marcel Felder
Domingo,12hMarcos Daniel x Martin Cuevas

“Essa data é muito complicada para a gente, cai no meio de dois Masters 1000, e mesmo assim ele veio com todo gás, um pouco cansado. A minha ideia é que se a gente puder ter o confronto definido no sábado, que ele possa sair o mais rápido possível para Madri, chegar com maior tempo para poder se adaptar e treinar um pouquinho mais”, afirma o capitão brasileiro.

Influenciado por trabalhos com o ex-capitão Ricardo Acioly e Larri Passos durante o período em que o Brasil fazia parte da elite, João Zwetsch agradece pela ajuda que os dois “chefes” lhe deram no início de sua carreira como técnico de tênis, colocando o gaúcho como auxiliar-técnico na ocasião.

“Eu tive esse privilégio mesmo, sou muito grato ao Larri e ao Pardal por bem no começo da minha carreira terem me dado a oportunidade de participar como um técnico auxiliar naquela época em 1997 e fiquei depois muito tempo naquela equipe e isso foi muito importante, deu muita bagagem, experiência. Naquela época a gente jogava o Grupo Mundial, tinha uma equipe muito forte, tinha o número 1 do mundo”, lembra Zwetsch.

Com o objetivo de recolocar o Brasil na elite da Copa Davis, João Zwetsch adota uma postura diferenciada, apostando na conversa com os jogadores além dos treinos. Na tarde de quinta-feira, por exemplo, ele encerrou o treinamento com o duplista mineiro Marcelo Melo e teve uma longa conversa incentivando o tenista.

“Esse lado é muito importante. Sempre vejo a coisa pelo seguinte lado: a informação e a bagagem que o treinador precisa ter são fundamentais para fazer um trabalho principalmente no nível alto. Mas tão importante quanto isso é ter condições de passar tudo isso, saber como passar, transmitir e fazer com que o jogador assimile. Esse lado emocional, mental e psicológico é fundamental no jogo de tênis, é o que define na maior parte das vezes”, explica o novo capitão brasileiro.

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