O capitão Enrique Perez e o tenista Marcel Felder concedem entrevistas em português contra o Brasil
Adversários da equipe brasileira no confronto disputado em Bauru, pelo Zonal Americano da Copa Davis, os integrantes da equipe uruguaia se apresentaram de forma “abrasileirada”, mostrando simpatia e se esforçando até mesmo para falar o português, o que não é difícil, afinal, os tenistas passam boa parte da temporada em solo brasileiro.
Enrique Perez, treinador do equatoriano Nicolás Lapentti, afirma ter o Brasil como segunda casa. Ele já morou em território brasileiro e fala o idioma português fluentemente, assim, procurou estar sempre ao lado dos mais novos Martin Cuevas e Ariel Behar durante as entrevistas coletivas e teve de aturar as repetições de perguntas referentes à inexperiência de sua equipe e da ausência de Pablo Cuevas.
Após a confirmação da derrota no terceiro confronto, em duplas, Enrique Perez deu os parabéns à equipe brasileira e ressaltou sua torcida para que após sete anos o Brasil possa voltar a fazer parte da elite da Copa Davis, antes do encerramento da disputa neste domingo a partir de 10h com dois jogos de simples.
“Vocês sabem que o Brasil é minha segunda casa. Eu queria aproveitar para dar parabéns em nome do meu time ao Brasil e desejar muito boa sorte no sorteio do playoff e eu, sinceramente, para não encontrar o Brasil no ano que vem espero que tenha um bom sorteio e no ano que vem vocês estejam no Grupo Mundial”, afirmou Perez.
Sexta-feira | Marcos Daniel (BRA) 3 x 0 Marcel Felder (URU), 6-4, 6-1, 6-1 |
Sexta-feira | Thomaz Bellucci (BRA) 3 x 0 Martin Cuevas (URU), 6-4, 6-3, 6-2 |
Sábado | Marcelo Melo/ Bruno Soares (BRA) 3 x 0 Marcel Felder/ Ariel Behar (URU), 6-3, 6-3, 7-6(7-4) |
Domingo, 10h | Thomaz Bellucci (BRA) x Marcel Felder (URU) |
Domingo, 12h | Marcos Daniel (BRA) x Martin Cuevas (URU) |
Enquanto isso, o principal tenista presente da equipe, Marcel Felder, passa a maior parte de sua carreira jogando challengers e futures em cidades brasileiras, jogando sempre com revelações do tênis nacional, como Tiago Fernandes, Rafael Camilo e José Pereira. Desde 2008, foram nove Futures e 12 Challengers brasileiros, o que também ajudou o uruguaio no idioma português.
Irmão de Pablo Cuevas, Martin Cuevas disputou desde o ano passado seis torneios Future no Brasil, passando por Barueri (SP), Bauru (SP), Fortaleza (CE), Juiz de Fora (MG) e Rio Claro (SP). Já Ariel Behar jogou três Challengers, em Brasília (DF), Campos do Jordão (SP) e Belo Horizonte (MG), além dos Futures de Fortaleza, Uberaba (MG) e São José do Rio Preto (SP).
Apesar de lamentar o desfalque de Pablo Cuevas, Enrique Perez se conforma com a derrota contra os brasileiros pela oportunidade de testar os garotos de sua equipe, para poder deixar os tenistas preparados para as partidas do ano que vem. Se há pouco tempo o Brasil tinha problemas com tênis, eles são incomparáveis aos dos uruguaios, que têm apenas cinco ranqueados e poucas opções para jogar a Copa Davis.
“Não trouxe ninguém porque acho que não tem ninguém no Uruguai no momento que acho que esteja preparado para estar no lugar, é a nossa realidade. Fiz o possível e o impossível de convencê-lo (Pablo Cuevas) a estar aqui, não apenas pelas chances de ganhar, mas por ter um time tão limitado contra o Uruguai”, afirma Perez.
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