UOL Esporte Tênis
 
09/05/2010 - 07h00

Uruguaios exibem simpatia e apresentam equipe "abrasileirada" em Bauru

Rubens Lisboa
Em Bauru (SP)

Adversários da equipe brasileira no confronto disputado em Bauru, pelo Zonal Americano da Copa Davis, os integrantes da equipe uruguaia se apresentaram de forma “abrasileirada”, mostrando simpatia e se esforçando até mesmo para falar o português, o que não é difícil, afinal, os tenistas passam boa parte da temporada em solo brasileiro.

Enrique Perez, treinador do equatoriano Nicolás Lapentti, afirma ter o Brasil como segunda casa. Ele já morou em território brasileiro e fala o idioma português fluentemente, assim, procurou estar sempre ao lado dos mais novos Martin Cuevas e Ariel Behar durante as entrevistas coletivas e teve de aturar as repetições de perguntas referentes à inexperiência de sua equipe e da ausência de Pablo Cuevas.

Após a confirmação da derrota no terceiro confronto, em duplas, Enrique Perez deu os parabéns à equipe brasileira e ressaltou sua torcida para que após sete anos o Brasil possa voltar a fazer parte da elite da Copa Davis, antes do encerramento da disputa neste domingo a partir de 10h com dois jogos de simples.

“Vocês sabem que o Brasil é minha segunda casa. Eu queria aproveitar para dar parabéns em nome do meu time ao Brasil e desejar muito boa sorte no sorteio do playoff e eu, sinceramente, para não encontrar o Brasil no ano que vem espero que tenha um bom sorteio e no ano que vem vocês estejam no Grupo Mundial”, afirmou Perez.

PARTIDAS DO CONFRONTO EM BAURU

Sexta-feira Marcos Daniel (BRA) 3 x 0 Marcel Felder (URU), 6-4, 6-1, 6-1
Sexta-feira Thomaz Bellucci (BRA) 3 x 0 Martin Cuevas (URU), 6-4, 6-3, 6-2
Sábado Marcelo Melo/ Bruno Soares (BRA) 3 x 0 Marcel Felder/ Ariel Behar (URU), 6-3, 6-3, 7-6(7-4)
Domingo, 10h Thomaz Bellucci (BRA) x
Marcel Felder (URU)
Domingo, 12h Marcos Daniel (BRA) x
Martin Cuevas (URU)

Enquanto isso, o principal tenista presente da equipe, Marcel Felder, passa a maior parte de sua carreira jogando challengers e futures em cidades brasileiras, jogando sempre com revelações do tênis nacional, como Tiago Fernandes, Rafael Camilo e José Pereira. Desde 2008, foram nove Futures e 12 Challengers brasileiros, o que também ajudou o uruguaio no idioma português.

Irmão de Pablo Cuevas, Martin Cuevas disputou desde o ano passado seis torneios Future no Brasil, passando por Barueri (SP), Bauru (SP), Fortaleza (CE), Juiz de Fora (MG) e Rio Claro (SP). Já Ariel Behar jogou três Challengers, em Brasília (DF), Campos do Jordão (SP) e Belo Horizonte (MG), além dos Futures de Fortaleza, Uberaba (MG) e São José do Rio Preto (SP).

Apesar de lamentar o desfalque de Pablo Cuevas, Enrique Perez se conforma com a derrota contra os brasileiros pela oportunidade de testar os garotos de sua equipe, para poder deixar os tenistas preparados para as partidas do ano que vem. Se há pouco tempo o Brasil tinha problemas com tênis, eles são incomparáveis aos dos uruguaios, que têm apenas cinco ranqueados e poucas opções para jogar a Copa Davis.

“Não trouxe ninguém porque acho que não tem ninguém no Uruguai no momento que acho que esteja preparado para estar no lugar, é a nossa realidade. Fiz o possível e o impossível de convencê-lo (Pablo Cuevas) a estar aqui, não apenas pelas chances de ganhar, mas por ter um time tão limitado contra o Uruguai”, afirma Perez.

Compartilhe:

    Placar UOL no iPhone

    Hospedagem: UOL Host