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10/05/2010 - 09h57

Bauru tem estrutura e público aprovados e já inicia lobby por nova Davis

Rubens Lisboa
Em São Paulo
  • Thomaz Bellucci dá banho de champanhe em seu técnico, João Zwetsch após vitória contra o Uruguai

    Thomaz Bellucci dá banho de champanhe em seu técnico, João Zwetsch após vitória contra o Uruguai

Com o histórico de ter formado tenistas de destaque em nível nacional, a cidade de Bauru se esforçou para criar uma grande estrutura para receber a Copa Davis e conseguiu agradar aos principais personagens do evento no Bauru Tênis Clube, os tenistas da equipe brasileira, que venceram o confronto com o Uruguai por 5 a 0.

Durante a realização do evento era evidente a preocupação pela estrutura por parte dos dirigentes e a imprensa local, já que um jornal local foi um dos patrocinadores da Copa Davis em Bauru. Vários cartazes foram espalhados pela cidade e uma bola de tênis foi desenhada com flores amarelas em um jardim próximo ao local onde foram disputados os confrontos.

Mesmo com o atraso nas obras, que não haviam sido totalmente concluídas até sexta-feira, reclamação do dirigente da Federação Internacional de Tênis (ITF), Mark Hogan, as partidas não foram atrapalhadas, nem mesmo após as fortes chuvas que ocorreram no sábado, e a cidade já faz o seu lobby para tentar receber novamente a competição.

POSSÍVEIS ADVERSÁRIOS BRASILEIROS

Adversários Retrospecto
EUA Em cinco confrontos, o Brasil conseguiu vencer apenas um, em 1966. O último duelo foi em 1997 e o Brasil perdeu em Ribeirão Preto (SP). Novo duelo seria nos EUA.
Israel Os brasileiros enfrentaram a equipe israelense apenas uma vez na história da Davis e venceram por 5 a 0 no Canadá. A sede de um novo duelo seria por sorteio.
Alemanha O Brasil obteve duas vitórias em cinco confrontos, em 1959, em Berlim, e 1992, no Rio de Janeiro. Em caso de novo encontro, a disputa ocorrerá na Alemanha.
Suécia A equipe da Suécia venceu os dois confrontos que fez contra o Brasil, em 2003, em Helsingborg, e em 2006, em Belo Horizonte. Um novo duelo seria na Suécia.
Índia Brasil enfrentou a Índia duas vezes pela Copa Davis, com retrospecto de uma vitória e uma derrota. Por ter jogado em São Paulo em 1991, novo duelo seria jogado na Índia.
Austrália Em três duelos com a Austrália, o Brasil foi derrotado em todos. Como jogou em Florianópolis no último encontro, em 2001, o Brasil teria de jogar fora em novo duelo.
Suíça Os brasileiros jogaram dois duelos com a Suíça e obtiveram uma vitória e uma derrota. Como o último encontro foi em Genebra, o Brasil é mandante em novo duelo.
Equador Em sete confronto com o Equador, o Brasil obteve quatro vitórias. Como perdeu em casa no ano passado pela repescagem, a equipe brasileira jogaria fora.

Questionado inúmeras vezes se Bauru poderia voltar a receber a Copa Davis, possivelmente até no confronto da repescagem deste ano, entre 17 e 19 de setembro, o capitão João Zwetsch elogiou a estrutura, o comportamento da torcida e afirmou que a opção é viável.

“Claro, é lógico que Bauru depois desta semana vai ficar sempre na nossa cabeça como uma referência, sempre uma possível cidade a sediar o confronto da Copa Davis. Logicamente a gente precisa saber contra quem joga para poder escolher o que é melhor caso a gente venha a jogar aqui no Brasil, mas Bauru com certeza estará sempre presente na nossa memória”, afirmou Zwetsch, treinador de Thomaz Bellucci.

Todos os tenistas elogiaram a estrutura e gostaram do piso da quadra, que ficou mais rápida, mas o duplista Marcelo Melo foi o jogador que mais se mostrou impressionado com o comportamento dos torcedores no local, que acompanharam as partidas que não valiam nada no domingo.

“O confronto surpreendeu, especialmente na dupla com a chuva, que o pessoal vai embora, volta, por mais que é uma Copa Davis, se chove e você tem outro programa. E no quinto jogo, Dia das Mães, estava bem cheio no primeiro set e depois ainda ficou cheio, o que não ocorreu em outros confrontos que a gente já fez. E também ficaram vibrando o tempo inteiro e não ligaram se eu sou duplista, se fui eu jogar e se estava valendo”, afirmou Melo.

Apesar de toda a campanha de Bauru para ser sede na repescagem deste ano, há poucas chances de a cidade receber o confronto da Copa Davis. O Brasil joga em casa apenas se enfrentar Suíça ou Israel (em que ainda depende de confronto) e a altitude contra as equipes não é a ideal, o que poderia levar o duelo para uma cidade no nível do mar. Além disso, a cidade de São Paulo também é forte candidata a ficar com a sede após perder para Bauru pela falta de tempo para adequar o Anhembi para as partidas.

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