Thomaz Bellucci cruza com Nadal durante a partida em que foi batido pelo espanhol por 7-5, 6-3 e 6-1
Principal tenista brasileiro na atualidade e próximo de se tornar o segundo melhor tenista do país na história do ranking ATP, o paulista Thomaz Bellucci, número 28 do ranking mundial, tenta em Roland Garros vencer sua primeira partida no único Grand Slam em que ainda não triunfou em duas edições disputadas, embora ocorra em seu piso favorito, o saibro.
Bellucci tem a possibilidade de encarar o espanhol Rafael Nadal nas oitavas de final e isso remete à primeira participação do brasileiro em Paris, quando veio do qualifying e estreou com o espanhol. Mas para que ocorra o novo duelo com o número 2 do mundo, Bellucci precisa de três vitórias em Roland Garros, o que ainda não conseguiu. Depois de ter abandonado na estreia do ano passado contra o argentino Martin Vassallo Arguello por cãibras, o brasileiro se sente preparado para atingir seu melhor resultado.
“Nos últimos dois anos não consegui passar da primeira rodada por uma série de motivos e esse ano é o que estou mais preparado e mais confiante para conseguir essa primeira vitória em Roland Garros e quem sabe avançar ainda mais, não só uma rodada como várias”, afirma o brasileiro.
Se conseguir três vitórias e avançar para alcançar Nadal, Bellucci chegará ao seu melhor ranking da carreira e ultrapassará as marcas de Fernando Meligeni, que foi 25º do mundo, e Thomaz Koch, que foi 24º, para se aproximar da 22ª colocação. Mas Bellucci não se preocupa tanto em poder obter este feito.
Fases | Pontos | Ranking |
Primeira rodada | 1.482 | 28º |
Segunda rodada | 1.517 | 25º |
Terceira rodada | 1.562 | 25º |
Oitavas de final | 1.672 | 22º |
Quartas de final | 1.832 | 20º |
Semifinal | 2.192 | 16º |
Final | 2.672 | 13º |
Campeão | 3.472 | 10º |
“Isso é importante, acho um marco legal da minha carreira, mas não é a coisa mais importante para mim agora. O mais importante é me doar 100%, chegar ao meu limite. Acho que estou longe do meu limite. É um marco legal, mas não o meu objetivo na carreira”, afirma o tenista.
Para alcançar a marca, Bellucci estreia nesta segunda-feira por volta de 11h (de Brasília) contra o francês Michael Llodra (46º). Em seguida, o brasileiro pode enfrentar o espanhol Pablo Andujar (148º) ou o italiano Simone Bolelli (123º). A briga por uma vaga nas oitavas de final seria contra o croata Ivan Ljubicic (16º), o taiwanês Yen-Hsun Lu (79º), o alemão Michael Berrer (43º) e o norte-americano Mardy Fish (97º).
Depois de ter enfrentado o espanhol Rafael Nadal e o sérvio Novak Djokovic, Bellucci sabe que jogar contra tenistas do top 10 passa a se tornar cada vez mais uma rotina com a sua melhora no ranking mundial e os títulos conquistados.
“Quanto mais eu avançar na chave, mais os adversários vão ficar difíceis, acho que se eu não jogar com ninguém difícil é sinal de que eu não estou indo tão bem na chave. Sou cabeça de chave, então só pego o outro cabeça na terceira rodada”, afirma Thomaz Bellucci.
O técnico João Zwetsch vê o momento de Bellucci como o melhor possível para que ele possa alcançar o seu melhor resultado da carreira no Grand Slam francês, e afirma que o jogador está aprendendo a lidar com as cobranças pelos resultados após o hiato do Brasil sem um tenista top.
“No ano passado as pessoas não entenderam muito bem o que aconteceu em Roland Garros. O cara tinha uma dificuldade em sentido das cãibras repetidas, ele sentia muito seguido, tinha certo receio dos jogos longos e essas coisas atrapalham muito. Isso desapareceu e ele está com uma vontade muito grande de chegar a Roland Garros e fazer um ótimo torneio”, afirma o treinador.
*Atualizado às 12h32
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