Moyá lamenta derrota na estreia do Masters 1000 de Madri, sua última partida oficial da carreira
Depois do anúncio na última terça-feira de sua aposentadoria em dezembro no Masters nacional espanhol, o tenista espanhol Carlos Moyá, primeiro da Espanha a ocupar a liderança do ranking mundial, explicou que as seguidas lesões lhe impediram de seguir no circuito para tentar uma temporada de despedida do tênis.
“As razões de minha aposentadoria se devem a um problema no pé que sofro já faz muitos anos, uma artrose, desde os 20 anos e que operei para poder continuar jogando em abril do ano passado. Estive sete ou oito meses parado e queria voltar a tentar”, explicou Moyá em uma entrevista coletiva.
“Nunca cheguei a me recuperar. Não me sai muito bem e a raiz dessa operação teve efeitos colaterais. Comecei a ter problemas na parte externa, uma fratura, o tendão também tinha lesionado, e agora com 32 anos não há opção”, completou o espanhol.
Carlos Moyá afirmou ainda que o seu desempenho nas últimas partidas disputadas também lhe desanimou a tentar encerrar a carreira jogando os principais torneios do circuito. Neste ano ele jogou apenas cinco torneios oficiais, sendo apenas o Aberto da Austrália de Grand Slam, e sofreu uma derrota por W.O. para o brasileiro Thomaz Bellucci na segunda rodada do Masters 1000 de Indian Wells, nos Estados Unidos.
“Eu queria jogar os grandes torneios e me despedir, mas cheguei ao torneio de Madri e embora não estivesse 100% não pude jogar como queria. Essa partida não foi a sonhada e assim me dei conta de que havia chegado o momento. Ganas eu tinha muitíssimas e me sacrifiquei para poder voltar, mas tentei tudo para poder me curar e não foi possível”, afirmou Moyá.
Na última partida oficial disputada, pela primeira rodada do Masters 1000 de Madri, Carlos Moyá perdeu por 2 sets a 0 para o alemão Benjamin Becker, com parciais de 6-0 e 6-2. A última vitória do espanhol foi em Indian Wells, contra o norte-americano Tim Smyczek.
“Vou descansar e ficar em casa. Foram 15 anos em nível profissional viajando a cada semana, com a pressão mental que supõe. As coisas mudam quando se tem um filho. Assim ficou claro que seria difícil me separar da minha família”, afirma o espanhol sobre o seu futuro.
“Tive uma carreira muito melhor do que poderia imaginar. Embora tenha pessoas lhe acompanhando, ao final, na quadra você está sozinho e nas derrotas também. É um esporte muito solitário e a parte positiva supera a negativa”, finalizou Moyá.
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