Bellucci mostra seu lado 'zen' como arma para vencer os tops
Em meio à mata atlântica do isolado bairro de Rio Pequeno, na cidade não litorânea de Camboriú, Thomaz Bellucci treina há dez dias com o novo técnico Larri Passos, na mesma estrutura onde se formou o ídolo Gustavo Kuerten. Inspirado na paz do local, o número 1 do Brasil esbanjou brincadeiras e sorrisos, deixou o ar tenso de lado e passou a exercitar o seu lado ‘zen’ para não perder o foco principal, que é conseguir uma sequência de vitórias diante de tenistas de ponta no ranking mundial.
LARRI: 'PAI' À DISTÂNCIA
"É como se estivesse adotando mais um filho"
Na quadra, os dois treinaram não apenas os fundamentos básicos, mas também as possíveis armadilhas que os melhores tenistas do mundo costumam usar em quadra para desestabilizar o adversário. Tudo resultado da experiência de Larri, que já levou Guga ao topo do ranking. Mas Bellucci, que fará em 2011 apenas a sua segunda temporada inteira como profissional, tenta não ver isso como pressão.
“Pressionado de maneira alguma. Lógico, cada dia que a gente treina aqui é um desafio para a gente tentar melhorar, mas não tem muito mistério, é entrar na quadra, trabalhar, dar o máximo, e na hora do jogo dar 100% e tentar passar por cima do outro cara que está do outro lado da rede. Não tem segredo”, insistiu o número 31 do mundo.
Essa mentalidade agressiva é a chave do treinamento de Larri: “Estou conversando com ele justamente a linguagem tenística. O que um top 10 faz, o que ele vai fazer... A gente já está trabalhando muito isso aí: o que esses caras fazem, por que são diferenciados. Então a gente está muito tranquilo”, comentou o técnico antes de almoçar um churrasco com os tenistas e a equipe do seu instituto.
Esse clima de tranquilidade é outro fundamento trabalhado com Larri, que revelou ter reparado em “algo que estava atrapalhando o Bellucci internamente” no final da temporada, especialmente no período que antecedeu a derrota na repescagem da Copa Davis para a Índia. Segundo o técnico, chegou a hora de o tenista sorrir mais para tentar evoluir com serenidade.
"Da maneira como estamos trabalhando agora, sempre alegre e feliz, mesmo cansando, mas fazendo ele ficar feliz, ele tem tudo para ser um top, sem duvida nenhuma. A diferença é que eu ainda não posso fazer muita sacanagem com ele, de repente ele vai achar que eu estou brincando demais, mas a gente vai se conhecendo. Acho que um dos meus segredos é esse: tentar entrar dentro da cabeça do jogador e descobrir o que ele tem de melhor”, concluiu Larri.
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