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Tenistas vivem dias de caos com chuva e troca de sede no Aberto de São Paulo

Funcionários tentam sacar a quadra central do Parque Villa-Lobos com aspiradores - Rubens Chiri/Divulgação
Funcionários tentam sacar a quadra central do Parque Villa-Lobos com aspiradores Imagem: Rubens Chiri/Divulgação

Rubens Lisboa

Em São Paulo

05/01/2011 07h00

Após dois dias de torneio, o Aberto de São Paulo ainda não teve a sua chave principal inaugurada para a disputa de sua 11ª edição. O evento de nível challenger que é realizado no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, sofre com a semana de chuvas em São Paulo e já teve de recorrer a outro local para dar sequência à disputa.

Partidas que deveriam ter sido disputadas no domingo pelo qualificatório, ficaram para a segunda-feira, antes de serem novamente adiadas para terça-feira devido à chuva intensa em São Paulo. Mas nesta terça-feira a chuva novamente prejudicou os tenistas durante as partidas, que tiveram de ser transferidas para uma academia no Morumbi, o que mudou as condições das partidas com a quadra coberta.

“É uma situação complicada porque a gente nunca pode se preparar adequadamente para o jogo, não dá para ter concentração completa como quando tem sol”, afirma o tenista juvenil Guilherme Clezar, vice-campeão juvenil de Roland Garros em 2009 e uma das principais promessas do tênis brasileiro.

Clezar foi um dos prejudicados ao lado de nomes como Henrique Cunha, José Pereira, Tiago Fernandes, entre outros tenistas que tiveram destaque no circuito juvenil e agora buscam subir como profissionais. O jovem gaúcho acabou sendo eliminado na segunda rodada do qualificatório após ter sua partida interrompida durante o primeiro set.

NOVATO É PREJUDICADO

É uma situação complicada porque a gente nunca pode se preparar adequadamente para o jogo, não dá para ter concentração completa como quando tem sol

Guilherme Clezar, após eliminação na segunda rodada do quali para o Aberto de São Paulo, no Parque Villa-Lobos

“Estava no tie-break com 1 a 0 para o meu adversário no Villa-Lobos e trocou, fomos jogar na Play Tennis. A quadra bem mais rápida, favoreceu um pouco meu adversário, mas não foi um grande fator do jogo”, lamenta o tenista frustrado pela derrota no início da temporada.

A organização do Aberto de São Paulo tem buscado contornar a adversidade com a mudança do qualificatório para a academia Play Tennis, mas com apenas uma quadra disponível para jogos a situação ficou complicada para os tenistas que precisam esperar sem saberem em qual horário jogariam. Enquanto isso, o torneio também ficou sem poder iniciar partidas envolvendo jogadores vindos do qualifying, como é o caso da estreia de Ricardo Mello, atual campeão do torneio e cabeça de chave número um.

"Fica todo mundo naquelas, não sabe o que vai acontecer. Não tem muita escolha, temos que jogar onde for", afirma Clezar. "A organização nos passou tudo certinho, não teve culpa", completa o tenista.

Um dos favoritos ao título deste ano, o paulista João Souza, o Feijão, conseguiu disputar apenas um game em partida jogada na quadra principal do torneio contra o italiano Matteo Trevisan até a chuva acabar interrompendo o duelo. A organização ainda começou a secar a quadra 2 do evento utilizando aspiradores para a partida entre o equatoriano Giovanni Lapentti e o brasileiro Ricardo Hocevar, mas a volta da chuva impediu o duelo que ficou para esta quarta-feira.