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Brasil tem delegação recorde no antes 'caro e distante' Aberto da Austrália

Thomaz Bellucci é o destaque da delegação brasileira no Aberto da Austrália Imagem: AP Photo/Rob Griffith

Rubens Lisboa

Em São Paulo

12/01/2011 12h00

Um ano depois de o Brasil ter um representante fazendo história no Aberto da Austrália, com Tiago Fernandes conquistando o título juvenil do Grand Slam, a delegação do país para a edição deste ano é uma das maiores que já foram ao torneio que antes não tinha a mesma procura por fatores como o alto custo das viagens e a adaptação ao fuso-horário de 13 horas à frente do horário de Brasília.

Com três jogadores de simples na chave principal, quatro representantes no qualificatório, quatro duplistas e quatro juvenis, o tênis brasileiro terá na Austrália 15 tenistas, acompanhados de seis técnicos, já no início de um trabalho que conta com a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) e também com o treinador de Thomaz Bellucci, Larri Passos.

Sabendo da necessidade de preparar ter mais pessoas no primeiro grande evento do circuito mundial em 2011, e tendo cinco profissionais, além de dois juvenis treinando em sua academia, Larri Passos foi quem pediu ao presidente da CBT, Jorge Lacerda, para aumentar o número de treinadores para Melbourne, e foi atendido.

“A gente vai ter um monte de jogadores na Austrália. Eu fui até a confederação e pedi para eles enviarem mais um treinador. A confederação está enviando um técnico a mais para ajudar os jogadores. Isso é um avanço nosso, nunca tivemos isso. É importante, sentar à noite, trocar uma ideia”, analisa o treinador de Bellucci.

Com Thomaz Bellucci, Ricardo Mello e Marcos Daniel na chave principal de simples, além de João Souza, Rogério Dutra da Silva, Thiago Alves e Tiago Fernandes no qualificatório que começou na madrugada desta quarta-feira, o Brasil tem ainda os duplistas André Sá, Franco Ferreiro, Bruno Soares e Marcelo Melo no Grand Slam.

No entanto, um deles já foi eliminado: atual campeão juvenil, Tiago Fernandes perdeu por 2 a 0 na sua estreia no qualificatório entre os profissionais.

A partir da próxima semana, o tênis brasileiro tentará defender o título juvenil de Tiago Fernandes com quatro tenistas na disputa. Bruno Sant’Anna, Bruno Semenzato, Karuê Sell e Vitor Galvão são os candidatos a igualar a façanha do alagoano que ficou famoso no ano passado pela conquista.

Além da participação dos tenistas, que recebem ajuda da CBT para a viagem, a entidade comemora o fato de poder contar com mais treinadores em uma participação recorde no evento, que em 2008 não tinha brasileiros nas chaves de simples, nem juvenis e via na dupla André Sá/Marcelo Melo a única representação.

“Estava indo o Larri [Passos], o Bocão [Marcus Barbosa], o Patrício [Arnold], o João Zwetsch, que é capitão da Copa Davis e técnico da CBT e quando o Larri falou que seria importante levar mais um, nós aceitamos”, afirma o presidente da entidade, Jorge Lacerda.

No ano passado, o Brasil tinha apenas dois tenistas com entrada direta na chave que eram Bellucci e Daniel, mas ainda ganhou um terceiro representante com a entrada de Ricardo Hocevar pelo qualificatório, em que foi o único do país a se arriscar na disputa. Enquanto isso, Tiago Fernandes e Guilherme Clezar foram os únicos brasileiros entre os juvenis.

A ideia do mandatário da Confederação Brasileira é ter um número ainda maior de brasileiros em Roland Garros, quando os custos não são tão elevados e o torneio é mais propício aos tenistas do país. Para isso, a entidade resolveu investir em challengers anteriores ao fechamento do ranking para o Grand Slam francês.

“Uma jogada para esse ano é reduzir um pouco de futures e estamos aumentando apoio para challengers. Vamos trabalhar com 15 challenger, a ideia é ter mais no Brasil em preparatório para Grand Slam. Vai ser tudo antes de fechar para Roland Garros e o mesmo para virada de julho no Aberto dos Estados Unidos”, afirma Jorge Lacerda, confiante na possibilidade de ter mais tenistas em Paris.

“A gente tem que esperar. o Bellucci tem poucos pontos para defender em Masters. Marcos Daniel tem pouco a defender, Ricardinho [Mello] também. Acredito que esses estão em melhor condição. Temos o Feijão [João Souza], que já deveria estar jogando torneios mais fortes, acho que está muito emperrado em challengers e precisa arriscar mais. E os outros que estão chegando, o [Rafael] Camilo vai mudar todo o calendário dele”, completa Lacerda.

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