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Favorito espanhol "esquece" confusão de 2009 e não põe Bellucci entre candidatos ao título

Nicolás Almagro não vê Bellucci como um dos principais favoritos ao título - Bjürn Larsson Rosvall/EFE
Nicolás Almagro não vê Bellucci como um dos principais favoritos ao título Imagem: Bjürn Larsson Rosvall/EFE

Rubens Lisboa*

Na Costa do Sauipe (BA)

09/02/2011 14h12

Campeão do Aberto do Brasil em 2008 e com o favoritismo novamente por ser cabeça de chave número um do torneio, o espanhol Nicolas Almagro também é marcado por ter se envolvido em discussão com os torcedores na Costa do Sauipe na edição de 2009, quando foi ofendido após perder uma partida.

      A CONFUSÃO EM 2009

 

Acompanhado pela namorada e por um grupo de amigos, o espanhol Nicolas Almagro chegou na Costa do Sauípe com a missão de defender o título do Aberto do Brasil. Porém, deixou o torneio de maneira triste. Depois de ser derrotado na quadra pelo português Frederico Gil, Almagro foi protagonista de uma grande confusão, com direito a troca de ofensas e discussão violenta com torcedores.

Em sua primeira visita ao país após o conturbado episódio, Almagro está mais tranquilo, viajou acompanhado de sua família para jogar no Brasil e se faz de desentendido quando perguntado sobre o problema que teve com os torcedores, tratando de elogiar o comportamento. O espanhol diz nem lembrar da confusão.

“Problema com o que?”, afirma Almagro quando perguntado sobre a briga de 2009. “Não, não tive nenhum problema. Vivemos o tênis muito intensamente e são coisas que acontecem na quadra. O público brasileiro é um público que vê o tênis como os outros esportes”, completa o tenista espanhol.

Em sua sexta passagem pelo Aberto do Brasil tendo um título e três eliminações nas quartas de final, além da queda na estreia em 2004, Almagro fecha a rodada da quadra central nesta quarta-feira por volta de 20h30 no horário local (21h30 em Brasília) contra o brasileiro João Souza, o Feijão, pela segunda rodada.

Almagro afirma que gosta do torneio brasileiro e que só não esteve na Costa do Sauipe no ano passado por falta de condições físicas, já que ainda se recuperava de uma lesão.

“Estou muito feliz de estar aqui no Brasil outra vez, no ano passado fiz uma cirurgia na mão esquerda e não pude estar aqui no torneio que sempre vejo muito bem”, afirma Almagro.

Elogiado por Larri Passos, treinador de Thomaz Bellucci, que acredita ver em alguns anos o espanhol conquistando um título de Grand Slam, Almagro se diz lisonjeado e lembra que quando entrou em quadra em um Major pela primeira vez foi na edição de 2004 de Roland Garros, contra Gustavo Kuerten, quando o atual 13º do ranking perdeu por 3 sets a 2, com parciais de 7-5, 7-6(7-2), 1-6, 3-6 e 7-5.

“O primeiro Grand Slam da minha vida foi com Guga quando ele [Larri Passos] estava à beira da quadra e foi uma partida muito bonita e perder para um tricampeão de Roland Garros em cinco sets não é um resultado ruim. Eu espero que ele também possa fazer uma grande temporada com o Thomaz [Bellucci], assim como fez com Guga. E ouvir dele que posso ganhar um Grand Slam são palavras que me deixam lisonjeado”, elogia Almagro.

Mesmo com os elogios a Larri, curiosamente Nicolas Almagro não aponta o brasileiro Thomaz Bellucci como um dos principais candidatos ao título na Costa do Sauipe, embora o brasileiro seja o cabeça de chave número três e tenha um vice-campeonato no local.

“Somos todos jogadores que viemos em busca de ganhar o torneio. A chave está muito dura, está um torneio complicado. Pode vencer o Tommy [Robredo], o [Alexandr] Dolgopolov, Pablo Cuevas, Juan Chela...”, afirma Almagro.

* O repórter viaja a convite da organização do Aberto do Brasil