Discreto, Mello faz valer "fator casa" e tenta igualar melhor resultado no Sauipe

Ricardo Mello tem 30 anos, está longe de ter a badalação do público brasileiro que outros tenistas que jamais chegaram ao top 50 como ele, aparece pouco para o público, mas quando atua no Brasil, o paulista de Campinas se transforma em quadra a ponto de se destacar no saibro enquanto seu piso favorito é o de cimento.

A próxima partida de Ricardo Mello será contra o espanhol Pablo Andujar, algoz do favorito Tommy Robredo, nesta quinta-feira às 15h00 locais (16h00 de Brasília) com o brasileiro tentando a vaga nas semifinais do evento mais uma vez, para chegar finalmente à decisão após ter chegado perto em anos anteriores. De volta para o torneio no ano passado após ter ficado ausente desde a edição em 2006, Mello tenta a reafirmação neste ano e vai na busca por seu segundo título na carreira, o primeiro em território nacional, depois de ter vencido em Delray Beach, nos Estados Unidos, e não ter mais resultados de destaque.

Com duas semifinais alcançadas na Costa do Sauipe, sendo uma com derrota para o espanhol Rafael Nadal em 2004, enquanto a outra foi mais recente com o revés diante de Juan Carlos Ferrero no ano passado. Em ambos os casos os tenistas foram campeões após derrotarem o tenista brasileiro.

"Eu acho que o fato de estar jogando no Brasil é que me ajuda bastante. Eu costumo ter bons resultados nesse torneio, tenho bons resultados em São Paulo no início do ano e no geral eu aproveito muito bem os torneios aqui no Brasil”, explica Ricardo Mello, que lembra dos títulos no Aberto de São Paulo, torneio em que também se destacou na abertura da temporada nos últimos anos.

Neste ano ele já mostrou seu jogo ao eliminar dois jogadores do top 50, o colombiano Santiago Giraldo e o espanhol Albert Montañes nas duas primeiras rodadas do Aberto do Brasil.

Para o tenista brasileiro, o público reforçado por seus parentes e familiares é uma ajuda para buscar motivação vencer uma partida. Assim, Ricardo Mello tenta aproveitar o momento em que ainda busca o primeiro título ATP em quadra de saibro.

"Poxa, esse é o maior torneio o que a gente tem aqui no país. A motivação é ainda maior de estar aqui, então consigo levar isso para a quadra, aproveitar todas as pessoas que vêm torcer. Tem muita gente de Campinas, uns amigos meus, meu irmão me ajudando, então ter as pessoas que eu gosto perto de mim me ajuda sempre a ter uma força extra que me dá aqui que eu consigo levar para dentro da quadra", afirma o tenista número dois do país.

*O repórter viaja a convite da organização do Aberto do Brasil