Aberto do Brasil esbarra em patrocínio e calendário para tentar seduzir tops
MAIS DO UOL ESPORTE NO ABERTO DO BR
BELLUCCI FRACASSA CONTRA ARGENTINO E
CAI NOVAMENTE NAS QUARTAS NO SAUIPE
O brasileiro Thomaz Bellucci não conseguiu passar das quartas de final do Aberto do Brasil nesta quinta-feira após sofrer com o bom jogo do argentino Juan Ignácio Chela e algumas dores no tornozelo esquerdo no início da partida, perdendo por 2 sets a 0, parciais de 6-1 e 6-2, após 1h20CONFIRA O RELATO COMPLETO TORCIDA DO BRASIL APOIA, XINGA, COMPETE COM OS ARGENTINOS E SAI DECEPCIONADA
A partida perdida pelo brasileiro Thomaz Bellucci voltou a demonstrar um curioso comportamento do torcedor que acompanha o tenista na Costa do Sauipe. Frases como “esse argentino saca mal” e “vá para casa, Bellucci!” variavam de acordo com o desempenho do tenista a cada game.
CONFIRA A REPORTAGEM COMPLETA
A possibilidade de contar com o suíço Federer é um sonho antigo do diretor do torneio, Luis Felipe Tavares. No entanto, as negociações sempre fracassaram, assim como ocorreu com outros 18 tenistas entre os top 20 que foram sondados pela organização da Costa do Sauipe, que conseguiu apenas o espanhol Nicolas Almagro para a edição de 2010 - a sexta disputada pelo tenista cabeça de chave número um.
O problema não é apenas do torneio brasileiro, que trocou seu principal patrocinador no ano passado. O Torneio de Viña del Mar mudou de investidor e de sede para ir a Santiago, o de Buenos Aires também ganhou um novo mecenas e cogitou a troca no piso, transição que exigiria o aval dos outros eventos do calendário latino-americano da ATP, que ainda tem Acapulco, no México.“A minha ideia continua sendo essa de a gente conseguir trazer esses caras para cá. Como tenho dito tem uma série de fatores que não permite que isso aconteça, de calendário, tem alguns jogadores em que os agentes olham nos mercados emergentes, onde os jogadores podem ter melhor exposição, onde interessa”, explica Luiz Carvalho, ex-relações públicas da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) para a América Latina e atual gerente do Aberto do Brasil.
“Federer faz isso, por exemplo, eles têm os patrocinadores Nike, Rolex, Jura, entre os outros. Então ele faz o calendário onde esse mercado está. Onde tem o piso que eles gostam. Depois tem a questão financeira, não vamos ser hipócritas”, completa o dirigente que tem feito o papel de diretor do torneio no lugar de Luis Felipe Tavares, presidente da Koch Tavares.O CHEFE EXPLICA SITUAÇÃO
A minha ideia continua sendo essa de a gente conseguir trazer esses caras para cá. Como tenho dito tem uma série de fatores que não permite que isso aconteça, de calendário, tem alguns jogadores em que os agentes olham nos mercados emergentes, onde os jogadores podem ter melhor exposição, onde interessa
Mas a questão do dinheiro pago aos jogadores não é vista como o principal. O calendário latino-americano não é favorável ao Aberto do Brasil, que ocorre entre os torneios de Santiago e Buenos Aires e com isso dificulta para que os tenistas escolham não colocar o Brasil no calendário, casos do argentino David Nalbandián e do espanhol David Ferrer na edição deste ano, que decidiram jogar Buenos Aires antes de Acapulco e ignoraram a Costa do Sauipe.
“É um pouco político. Obviamente é melhor estar colado em Acapulco. Se fosse nosso desejo a gente queria estar colado em Acapulco também, é uma data melhor e faz sentido o cara jogar um 250 e jogar um 500 para treinar. Mas se você for lá de Acapulco para Buenos Aires não é uma coisa interessante, eles não aceitam. Já foi proposto várias vezes, a gente conhece os diretores Martin Jaite, Miguel Nido, mas é opção deles”, lamenta Luiz Carvalho.A negociação para ter os tenistas é longa e começa no Aberto dos Estados Unidos, quando a Koch Tavares tenta o contato com os agentes dos principais tenistas. Sem tops em simples, a aposta deste ano foi pelos irmãos Bob e Mike Bryan, melhores duplistas do mundo e recordistas em títulos na história, mas uma lesão de Bob frustrou os planos do Aberto do Brasil.
“Aconteceu com os Bryans em que a gente fez um trabalho de quatro ou cinco meses de negociação, envolvia não só a aparição no evento, mas muitas ações com patrocinadores. No último minuto o Bob se machucou e eles não puderam vir. Então é uma infelicidade, quase uma ducha de água fria que ainda não engoli”, lamenta Carvalho.Com todos os pontos desfavoráveis, a organização tenta fazer um torneio que agrade aos tenistas para que eles passem aos estrangeiros motivos para que disputem as edições dos próximos anos.
“Tem muita conversa de vestiário. Eu vivi quatro anos dentro do vestiário quando trabalhei com a ATP e eles falam entre si que o Brasil Open é legal por isso e isso, o hotel é legal, a praia, mulheres... Eles são humanos, então tem esse fator que ajuda a gente. Os próprios Bryans foram influenciados pelos brasileiros falarem muito bem, o Marcelo [Melo] e o André [Sá]”, finaliza o dirigente da Koch Tavares.*O repórter viaja a convite da organização do Aberto do Brasil
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.