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Guga revela assédio para ser político e recusa estátua em Floripa

Gustavo Kuerten durante treino em Florianópolis para uma exibição contra Andre Agassi, em 2010 - Washington Fidelis/Folhapress
Gustavo Kuerten durante treino em Florianópolis para uma exibição contra Andre Agassi, em 2010 Imagem: Washington Fidelis/Folhapress

Do UOL Esporte

Em São Paulo

12/04/2011 15h13

Gustavo Kuerten deixou o tênis precocemente devido a uma lesão crônica no quadril, aos 31 anos. Sua ausência na quadra deixou a interrogação quanto ao futuro do tricampeão de Roland Garros: capitão da Davis, técnico, surfista? Por enquanto, Guga faz faculdade de teatro e comanda o instituto que leva seu nome. Mas o interesse em seu nome segue em alta. Até para as eleições ele foi sondado, como revelou à revista Alfa.

“Fui assediado várias vezes por políticos querendo o meu apoio ou que eu me candidatasse a algum cargo. Por enquanto, creio que o meu papel político está no Instituto Gustavo Kuerten”, afirmou o catarinense, à publicação.

O recomeço, como ele próprio define, está apenas na etapa inicial, para que construa uma carreira “tão significativa quanto a de tenista”.

Para isso, vale até brecar homenagens. “Não concordei quando quiseram colocar uma estátua minha aqui em Floripa. Já pensou eu passando em frente à minha estátua? Deus me livre!”, brincou ele, que tem nos planos a possível vinda do primeiro filho.

Guga ainda deu um recado para quem acha que ele vive só nas praias, em seu outro esporte preferido.

“As pessoas acham que só estou curtindo a vida, surfando o dia todo. Mas meu cotidiano é bem atribulado. Há trabalho em prol do Instituto Gustavo Kuerten, contratos publicitários, nossos investimentos”, acrescentou o ex-tenista, que já foi número 1 do mundo, único brasileiro a tanto.

Tratamento no quadril continua

Sobre a lesão crônica no quadril, o catarinense comentou que não está a salvo das dores, que começaram em 2001. Ele mantém o tratamento com fisioterapia. “Convivo com essa dor há quase dez anos e vou ter de continuar”, disse ele, que teve um dilema na hora de ter de encorajar os novos talentos com a raquete.

“Como posso incentivar as crianças a jogar tênis sabendo que o esporte de alto rendimento é tão agressivo com o corpo? Bateu um conflito moral. Mas esse é o preço para se destacar em qualquer esporte”, concluiu.