Dez anos após perder Masters Cup, Brasil tem evento com tops do segundo escalão
Dez anos depois de ter a possibilidade de realizar um torneio com os oito melhores tenistas do mundo, o Brasil vai sediar neste ano um evento nos mesmos moldes, mas para o segundo escalão do tênis mundial com o ATP Challenger Finals, uma versão do ATP Finals, atualmente jogado em Londres, mas apenas com tenistas de challengers entre os dias 14 e 20 de novembro deste ano no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
DANIEL BRINCA: "ESPERARAM EU PARAR"
Brasileiro que mais venceu challengers na história e segundo com ao maior número de conquistas no mundo, o gaúcho Marcos Daniel aprovou a criação do ATP Challenger Finals em São Paulo e brincou que “esperaram ele parar” para a criação do evento.
“Eles esperaram eu me retirar para fazer isso (risos), ainda mais no Brasil. Eu acho bacana porque o circuito challenger é muito discriminado. Os níveis são diferentes, mas 60% dos que competem em ATP jogam challenger também. O nível aumentou demais e acho que o pessoal não dá muito valor. Não o challenger da América do Sul, que é outro nível, mas quando você faz final de challenger na europa com frequência, o seu nível está subindo e América do Sul”, disse o gaúcho.
Contando com uma ideia da promotora Koch Tavares, a ATP anunciou nesta segunda-feira que vai realizar entre os dias 14 e 20 de novembro um torneio para os melhores do ano em challengers, no qual estarão classificados os sete melhores da temporada apenas nos resultados de torneios desta série, além de um convidado do país-sede. O evento vai dar ao campeão 125 pontos e vai distribuir o total de US$ 220 mil na semana anterior ao ATP Finals de Londres.
Quando o brasileiro Gustavo Kuerten conquistou a então chamada Masters Cup em 2000, o proprietário do evento, o português João Lagos, estudou a possibilidade de trazer a competição para o Brasil no ano seguinte, mas a falta de um local adequado acabou levando o torneio para a Austrália naquele ano.
“O direito do evento era do João Lagos, um português. O Guga ganhou em 2000 e ele queria trazer no ano seguinte para o Brasil. E aí ele veio para o Brasil, mas precisava ter uma arena, um local e não tinha. E isso era um complicador porque o investimento seria muito maior. Não deu certo e hoje o evento é diferenciado, não tem uma data para alguém”, lembrou o atual presidente da Confederação Brasileira de Tênis, Jorge Lacerda.
O brasileiro André Silva, executivo da ATP que é responsável por trabalhar no contato com os tenistas, também confirma que existiu a possibilidade, mas acredita que a criação do novo evento de challengers não teve influência daquela ocasião.
“Existiu essa possibilidade e o proprietário era o João Lagos, que faz o Torneio de Estoril. Não sei por que não aconteceu. Mas a gente não olhou o que aconteceu no passado, a gente sabe que tem a Koch Tavares, uma companhia que tem uma parceria com a ATP de muitos anos. Uma vez que eles apresentaram o projeto, a gente sempre pensou em tentar criar. Funcionou de maneira perfeita para ambos os lados”, explica Silva.
SYDNEY LEVOU A MASTERS CUP EM 2001
“O direito do evento era do João Lagos, um português. O Guga ganhou em 2000 e ele queria trazer no ano seguinte para o Brasil. E aí ele veio para o Brasil, mas precisava ter uma arena, um local e não tinha. E isso era um complicador", Jorge Lacerda, atual presidente da CBT. |
O Brasil vai sediar o ATP Challenger Finals até 2013, mesmo ano no qual tem contrato a cidade de Londres para o ATP Finals. Para o evento que aposta em contar com revelações do tênis mundial, apenas os jogadores que atuarem por pelo menos oito challengers na temporada poderão participar da lista, com o máximo de dez challengers fechando o ranking.
O tenista convidado para o torneio poderá ser o brasileiro Thomaz Bellucci, desde que ele não esteja no top 10 quando a lista for fechada. Entre os outros brasileiros atuais, quem tem o melhor desempenho para entrar direto na lista do torneio é João Souza, o Feijão, com um título e um vice-campeonato de challenger no ano.
Local de disputas, o ginásio do Ibirapuera teve de passar por adaptações na fase final de sua reforma para poder receber o torneio. Com o aumento da dimensão do espaço para a quadra, a arena que será reinaugurada no dia 22 de maio também poderá ser usada em partidas da Copa Davis e eventos de exibição, de acordo com o secretário estadual de esportes Jorge Pagura.
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