Nadal pode igualar recorde e perder liderança para Djokovic em Roland Garros

Ofuscado por Novak Djokovic na temporada, o espanhol Rafael Nadal pode perder a liderança do ranking para o sérvio já em Roland Garros. Mas o atual número um do mundo ainda tem o favoritismo no Grand Slam francês, com cinco títulos e apenas uma derrota em seis anos, além de estar próximo de igualar o recorde de títulos da Era Aberta, 30 anos depois das seis conquistas de Bjorn Borg.

Desde que Rafael Nadal jogou pela primeira vez no saibro parisiense, o único jogador a conseguir lhe desbancar foi o sueco Robin Soderling em 2009, quando o espanhol já sofria com problemas nos joelhos. Na ocasião, Roger Federer foi o campeão para interromper a sequência do espanhol.

Mas o título do ano passado voltou a deixar Nadal em evidência na sequência que garantiu a volta ao número um do mundo e sendo o único jogador em atividade tendo mais de um título de simples em Roland Garros.

Aos 24 anos, a meta de Nadal agora é chegar à sexta conquista antes dos 25 anos, o que deixa mais um feito de Bjorn Borg igualado, mas no caso do espanhol ainda pode deixar os fãs do sueco perplexos com as comparações, já que caso Nadal seja o campeão no evento que começa neste domingo, ele terá chegado ao sexto título precisando jogar menos edições do que Borg, com sete contra oito.

O problema para Rafael Nadal em Paris é que em Madri e Roma ele também carregava todo o favoritismo e conquistas nas edições anteriores, mas ainda assim foi batido na decisão contra o invicto Djokovic.

A estreia do espanhol será contra o norte-americano John Isner, um tenista que tem um saque potente e não se sai bem quando joga no saibro. Em sua campanha, ele teve uma chave não tão complicada e escapa de ter de encarar o suíço Roger Federer em uma suposta semifinal. O empecilho para Nadal pode ser nas quartas de final contra o sueco Robin Soderling, seu único algoz em Paris.

Nadal já declarou nesta semana que não tem medo de Djokovic, mas já assumiu que dificilmente vai manter a liderança do ranking mundial e já chegou até mesmo a reclamar da forma como o sérvio comemorou seu título em Madri, acirrando uma rivalidade à base de declarações como nunca se viu diante de Roger Federer.

Durante a edição do ano passado, Djokovic já havia provocado ao imitar a cantora colombiana Shakira em referência ao videoclipe gravado por ela com Nadal. Outros tenistas espanhóis, como Fernando Verdasco, se mostraram contrariados com o episódio, enquanto Rafael Nadal não se queixou. Agora ele tenta se vingar na quadra e quebrar a série invicta de Djokovic, que neste ano já dura 37 partidas.

No caso da disputa pela liderança do ranking, nem mesmo uma vitória na final ajudaria Rafael Nadal diante de Djokovic. Caso o sérvio chegue à decisão do Grand Slam, já garante o número um do mundo mesmo com derrota. E se Nadal não for campeão, basta a Djokovic chegar nas oitavas de final. Basta ao espanhol torcer e vencer.

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