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Mandinga francesa dá certo no dia da eliminação de Bellucci em Paris

Richard Gasquet pede bolinha durante a vitória sobre Bellucci em Roland Garros - Miguel Medina/AFP
Richard Gasquet pede bolinha durante a vitória sobre Bellucci em Roland Garros Imagem: Miguel Medina/AFP

Do UOL Esporte

Em São Paulo

27/05/2011 20h13

Thomaz Bellucci não jogou o seu melhor tênis, e ainda teve o problema das bolhas no pé. Mas há outro detalhe sobre sua derrota para o francês Richard Gasquet, que tem mais a ver com superstição e com os pegadores de bolinha. Nas palavras do brasileiro, faltou ainda algo mais: “Não pisei no pescoço dele”.

GASQUET SÓ SACA COM A MESMA BOLINHA

Antes de sacar, os tenistas geralmente escolhem a bolinha mais nova, que faça menos resistência ao ar, para que o golpe saia com mais rapidez e potência. Richard Gasquet, no entanto, confia mais na sua superstição. Se o saque foi bom, ele pede a mesma bolinha para continuar o jogo. Na imagem ao lado, Gasquet aplicou um bom primeiro serviço em Bellucci, e logo em seguida pediu para que o pegador lhe devolvesse a mesma bolinha. No ponto seguinte, com match-point a seu favor, o francês fechou a partida em 3 sets a 1.

MUSA DA TORCIDA SECOU BELLUCCI

Depois de ganhar os holofotes devido a um vistoso decote nas primeiras rodadas de Roland Garros, a "amiga" do empresário Arnaud Lagardere voltou a chamar a atenção nesta sexta-feira e acompanhou a derrota do brasileiro Thomaz Bellucci para o francês Richard Gasquet. Saiba mais

BELLUCCI NÃO USA BOLHAS COMO DESCULPA

O brasileiro sentiu bolhas no pé no último set da partida e pediu atendimento médico. O problema já o atrapalhou na temporada passada e chegou a ser motivo de atrito com o fornecedor de seus tênis. Desta vez, Bellucci evitou usar isso como desculpa para sua derrota.

"Hoje o Gasquet começou pagando para ver, esperando eu errar e acabei errando muito mais que o normal, principalmente nos dois primeiros sets. Não consegui ser agressivo como tinha que jogar. Joguei abaixo do que vinha jogando, não consegui repetir o meu melhor tênis", analisou o tenista número 1 do Brasil.

As bolhas no pé podem não ter definido o resultado, mas o brasileito citou outro fator que pode ter influenciado: "As condições estavam diferente dos dois jogos anteriores. A quadra grande estava mais lenta, a bola mais pesada, estava difícil agredir o adversário. Tentei dar a volta por cima, mas na hora de levar para o quinto set, não pisei no pescoço dele".

TSONGA CAPRICHA NO TOMBO

Não se pode dizer que Jo-Wilfried Tsonga perdeu para Stanislas Wawrinka porque teve medo de manchar a roupa no saibro. O voluntarioso francês poderia até levar cartão amarelo por simulação, se tivesse falta no tênis. O tombo foi bonito. Ele poderia ter caprichado assim nos golpes. Quem sabe evitaria a derrota de virada para o suíço, depois de ter dois sets na frente.

WOZNIACKI PERDE, MAS NÃO ESTÁ NEM AÍ

Imagine a pressão sobre uma tenista de 20 anos que chega à liderança do ranking, mas não consegue de jeito nenhum provar a sua qualidade em um torneio Grand Slam. A dinamarquesa Caroline Wozniacki está nesta situação, mas parece não se importar muito com o que os críticos dizem. Afinal, mesmo depois da derrota para Daniela Hantuchova, ele continuará sendo número 1 do mundo. Por isso, no mesmo dia em que foi eliminada, ela partiu para seu próximo compromisso: assistir à final da Liga dos Campeões em Londres. “Estou indo para Londres para ver o jogo entre Manchester e Barcelona. Esse vai ser bom!”, postou a tenista no Twitter. Será que ela perdeu de propósito para poder ver a decisão?

AS FRASES QUE MARCARAM O DIA

Uma vez que somos número um e dois do mundo, significa que estamos fazendo alguma coisa certa.


Caroline Wozniacki, sobre a eliminação dela e da número 2 Kim Clijsters
Eu era azarada mesmo. Sempre tive que enfrentar uma das irmãs Williams.


Daniela Hantuchova, algoz de Wozniacki, sobre o fraco retrospecto em Grand Slam
Tenho uns 25 ou 35 trajes diferentes, não tenho certeza. Acho importante mostrar algo diferente aos fãs.


Roger Federer, sobre o seu guarda-roupa

O QUE VER NO SÁBADO

Djokovic
Melhor jogo da sexta não termina
O duelo netre os dois vencedores de Grand Slam foi o mais esperado do sexto dia de Roland Garros, mas não terminou por falta de luz natural. A continuação virá depois dos jogos de Na Li e Murray na quadra Suzanne Lenglen. Sábado também é dia de Nadal, Murray e Sharapova em quadra. Bellucci não voltou para casa: ele vai estrear nas duplas mistas ao lado da australiana Jarmila Gajdosova.
Del Potro