Em duelo acirrado com Djokovic, apenas o tri em Wimbledon garante topo a Nadal
A disputa entre o espanhol Rafael Nadal com o sérvio Novak Djokovic pela liderança do ranking mundial tem mais um capítulo em Wimbledon e está mais favorável ao segundo colocado, que neste ano venceu quatro finais e chega ao Grand Slam inglês precisando apenas torcer contra o rival para assumir a ponta.
BRIGA PELO TOPO DA ATP*
Fase | Nadal | Djokovic |
1ª rodada | 10.080 | 11.295 |
2ª rodada | 10.115 | 11.330 |
3ª rodada | 10.160 | 11.375 |
Oitavas | 10.250 | 11.465 |
Quartas | 10.430 | 11.645 |
Semifinal | 10.790 | 12.005 |
Final | 11.270 | 12.485 |
Campeão | 12.070 | 13.285 |
- *Pontuação que pode ser alcançada pelos tenistas a cada fase de Wimbledon
- CONFIRA O PERFIL DE RAFAEL NADAL
- DJOKOVIC TEM 43 VITÓRIAS NO ANO
- VEJA CHAVE MASCULINA COMPLETA
Com dois títulos em Wimbledon, Nadal ainda pode ser considerado como favorito para a conquista do evento mais uma vez e o retrospecto do sérvio, que precisaria ir à final pela primeira vez para virar número um com as próprias forças poderia ser um ponto favorável ao espanhol.
O problema para o líder do ranking é que a diferença de pontos no ranking ficou tão pequena - com 65 pontos -, que ele precisa ser campeão e ver o rival cair até a semifinal para seguir ostentando o posto de melhor do mundo. Mesmo que Djokovic não entre em quadra a partir desta segunda-feira, basta que Nadal não seja campeão para a Sérvia ter seu primeiro número um no tênis masculino.
Nadal precisa exatamente do resultado que aconteceu em Roland Garros e curiosamente neste quesito a chave em Wimbledon lhe beneficiou neste ponto, deixando Roger Federer no lado de Novak Djokovic em um torneio no qual o suíço tem seis títulos e disputou sete das últimas oito decisões, enquanto o sérvio alcançou apenas duas semifinais e não passou adiante.
Por outro lado, o espanhol que estreia contra o norte-americano Michael Russell pode ter problemas no caminho até a decisão, já que tem no caminho o canadense Milos Raonic, o argentino Juan Martin Del Potro, o tcheco Tomas Berdych (atual vice-campeão), o britânico Andy Murray e o norte-americano Andy Roddick.
Os rivais de Djokovic não assustam tanto nas primeiras rodadas. O sérvio estreia contra o francês Jeremy Chardy e depois pode a partir das quartas de final rivais como Robin Soderling, Jo-Wilfried Tonga e Roger Federer.
E mesmo se não conseguir fazer uma boa campanha, bastará a Djokovic torcer para que Rafael Nadal volte a dar os escorregões que deu na grama do Torneio de Queen’s, quando levou alguns tombos no piso e perdeu nas quartas-de-final diante de Jo-Wilfried Tsonga.
FEDERER TENTA IGUALAR RECORDE DE PETE SAMPRAS E 'VOLTAR À BRIGA'
Embora a fase não seja a melhor possível, o suíço Roger Federer nunca pode ser considerado coadjuvante em Wimbledon, onde tenta neste ano igualar o recorde de conquistas de Pete Sampras com sete títulos na Era Aberta. O suíço que no ano passado caiu nas quartas de final contra o vice-campeão Tomas Berdych bateu Djokovic na semifinal de Roland Garros e pode ser novamente o fiel da balança na briga pelo topo do ranking, além de poder se recolocar na briga pelo topo caso alcance o título na grama inglesa onde chegou a sete das últimas oito finais. Federer estreia diante do 60º do mundo Mikhail Kukushin, do Cazaquistão. |
CAMPEÃO EM QUEEN'S, MURRAY NOVAMENTE TEM PRESSÃO PELO TABU
O público em Wimbledon cria a cada ano expectativas de que se encerre o longo jejum de títulos de Grand Slam para o Reino Unido que dura desde o título de Fred Perry em 1936 e o escocês Andy Murray fica pelo caminho. Murray chega para a disputa com o título de Queen’s na bagagem e afirma já não sentir tanta pressão assim pelo título depois de ter sido eliminado nas semifinais das últimas duas edições seguidas de Wimbledon diante de Andy Roddick e Rafael Nadal. O britânico mais uma vez está do lado de Nadal na chave e enfrenta na estreia o espanhol Daniel Gimeno-Traver. |
DUELO HISTÓRICO DO TÊNIS GANHA MAIS UM CAPÍTULO EM WIMBLEDON
Wimbledon foi provavelmente o evento de tênis com maior repercussão no mundo após uma partida histórica entre o norte-americano John Isner e o francês Nicolas Mahut, que teve duração de 11h05min, quebrando recordes da modalidade em tempo e número total de aces. E quis o sorteio que o duelo ganhasse um novo capítulo na edição deste ano, com os dois se enfrentando novamente na primeira rodada do Grand Slam. O britânico Andy Murray chegou a sugerir que o duelo seja na quadra central. |
CHUVA PREOCUPA NOVAMENTE NAS QUADRAS SECUNDÁRIAS DE WIMBLEDON
Historicamente, Wimbledon tem problemas com a chuva adiando a sua programação e neste ano não tem sido muito diferente nos torneios ingleses prévios ao Grand Slam, com dias sem partidas devido ao mau tempo. A quadra central de Wimbledon tem desde 2009 um teto retrátil para não atrapalhar a série de partidas, mas nas quadras secundárias o torneio pode voltar a sofrer. |
APÓS DUELAREM NO ANO PASSADO, BRASILEIROS TÊM CAMINHOS INVERSOS
Vencedor do duelo com Ricardo Mello na primeira rodada do ano passado, o brasileiro Thomaz Bellucci terá um complicado duelo com o alemão Rainer Schuettler na estreia. Embora o ranking do experiente jogador não seja bom, o jogo na grama lhe favorece. | Ricardo Mello escapou de enfrentar um cabeça de chave na primeira rodada de Wimbledon e terá um adversário vindo do qualificatório na primeira rodada do Grand Slam. O problema é que o retrospecto de Mello na grama não é muito animador |
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