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Em duelo acirrado com Djokovic, apenas o tri em Wimbledon garante topo a Nadal

Djokovic terá de "secar" Nadal caso não seja finalista em Wimbledon para ser número 1 - Montagem sobre imagens da Getty Images
Djokovic terá de 'secar' Nadal caso não seja finalista em Wimbledon para ser número 1 Imagem: Montagem sobre imagens da Getty Images

Do UOL Esporte

Em São Paulo

19/06/2011 07h00

A disputa entre o espanhol Rafael Nadal com o sérvio Novak Djokovic pela liderança do ranking mundial tem mais um capítulo em Wimbledon e está mais favorável ao segundo colocado, que neste ano venceu quatro finais e chega ao Grand Slam inglês precisando apenas torcer contra o rival para assumir a ponta.

BRIGA PELO TOPO DA ATP*

FaseNadalDjokovic
1ª rodada10.08011.295
2ª rodada10.11511.330
3ª rodada10.16011.375
Oitavas10.25011.465
Quartas10.43011.645
Semifinal10.79012.005
Final11.27012.485
Campeão12.07013.285

Com dois títulos em Wimbledon, Nadal ainda pode ser considerado como favorito para a conquista do evento mais uma vez e o retrospecto do sérvio, que precisaria ir à final pela primeira vez para virar número um com as próprias forças poderia ser um ponto favorável ao espanhol.

O problema para o líder do ranking é que a diferença de pontos no ranking ficou tão pequena - com 65 pontos -, que ele precisa ser campeão e ver o rival cair até a semifinal para seguir ostentando o posto de melhor do mundo. Mesmo que Djokovic não entre em quadra a partir desta segunda-feira, basta que Nadal não seja campeão para a Sérvia ter seu primeiro número um no tênis masculino.

Nadal precisa exatamente do resultado que aconteceu em Roland Garros e curiosamente neste quesito a chave em Wimbledon lhe beneficiou neste ponto, deixando Roger Federer no lado de Novak Djokovic em um torneio no qual o suíço tem seis títulos e disputou sete das últimas oito decisões, enquanto o sérvio alcançou apenas duas semifinais e não passou adiante.

Por outro lado, o espanhol que estreia contra o norte-americano Michael Russell pode ter problemas no caminho até a decisão, já que tem no caminho o canadense Milos Raonic, o argentino Juan Martin Del Potro, o tcheco Tomas Berdych (atual vice-campeão), o britânico Andy Murray e o norte-americano Andy Roddick.

Os rivais de Djokovic não assustam tanto nas primeiras rodadas. O sérvio estreia contra o francês Jeremy Chardy e depois pode a partir das quartas de final rivais como Robin Soderling, Jo-Wilfried Tonga e Roger Federer.

E mesmo se não conseguir fazer uma boa campanha, bastará a Djokovic torcer para que Rafael Nadal volte a dar os escorregões que deu na grama do Torneio de Queen’s, quando levou alguns tombos no piso e perdeu nas quartas-de-final diante de Jo-Wilfried Tsonga.

FEDERER TENTA IGUALAR RECORDE DE PETE SAMPRAS E 'VOLTAR À BRIGA'

Embora a fase não seja a melhor possível, o suíço Roger Federer nunca pode ser considerado coadjuvante em Wimbledon, onde tenta neste ano igualar o recorde de conquistas de Pete Sampras com sete títulos na Era Aberta.

O suíço que no ano passado caiu nas quartas de final contra o vice-campeão Tomas Berdych bateu Djokovic na semifinal de Roland Garros e pode ser novamente o fiel da balança na briga pelo topo do ranking, além de poder se recolocar na briga pelo topo caso alcance o título na grama inglesa onde chegou a sete das últimas oito finais.

Federer estreia diante do 60º do mundo Mikhail Kukushin, do Cazaquistão.

CAMPEÃO EM QUEEN'S, MURRAY NOVAMENTE TEM PRESSÃO PELO TABU

O público em Wimbledon cria a cada ano expectativas de que se encerre o longo jejum de títulos de Grand Slam para o Reino Unido que dura desde o título de Fred Perry em 1936 e o escocês Andy Murray fica pelo caminho.

Murray chega para a disputa com o título de Queen’s na bagagem e afirma já não sentir tanta pressão assim pelo título depois de ter sido eliminado nas semifinais das últimas duas edições seguidas de Wimbledon diante de Andy Roddick e Rafael Nadal.

O britânico mais uma vez está do lado de Nadal na chave e enfrenta na estreia o espanhol Daniel Gimeno-Traver.

DUELO HISTÓRICO DO TÊNIS GANHA MAIS UM CAPÍTULO EM WIMBLEDON

Wimbledon foi provavelmente o evento de tênis com maior repercussão no mundo após uma partida histórica entre o norte-americano John Isner e o francês Nicolas Mahut, que teve duração de 11h05min, quebrando recordes da modalidade em tempo e número total de aces.

E quis o sorteio que o duelo ganhasse um novo capítulo na edição deste ano, com os dois se enfrentando novamente na primeira rodada do Grand Slam. O britânico Andy Murray chegou a sugerir que o duelo seja na quadra central.

CHUVA PREOCUPA NOVAMENTE NAS QUADRAS SECUNDÁRIAS DE WIMBLEDON

Historicamente, Wimbledon tem problemas com a chuva adiando a sua programação e neste ano não tem sido muito diferente nos torneios ingleses prévios ao Grand Slam, com dias sem partidas devido ao mau tempo. A quadra central de Wimbledon tem desde 2009 um teto retrátil para não atrapalhar a série de partidas, mas nas quadras secundárias o torneio pode voltar a sofrer.

APÓS DUELAREM NO ANO PASSADO, BRASILEIROS TÊM CAMINHOS INVERSOS

Vencedor do duelo com Ricardo Mello na primeira rodada do ano passado, o brasileiro Thomaz Bellucci terá um complicado duelo com o alemão Rainer Schuettler na estreia. Embora o ranking do experiente jogador não seja bom, o jogo na grama lhe favorece.Ricardo Mello escapou de enfrentar um cabeça de chave na primeira rodada de Wimbledon e terá um adversário vindo do qualificatório na primeira rodada do Grand Slam. O problema é que o retrospecto de Mello na grama não é muito animador