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Tradição de Wimbledon inspirou ex-tenista brasileiro para virar ator no teatro

Givaldo Barbosa (à direita) incorpora o personagem infantil Gepeto em peça da Oficina dos Menestréis - Arquivo Pessoal
Givaldo Barbosa (à direita) incorpora o personagem infantil Gepeto em peça da Oficina dos Menestréis Imagem: Arquivo Pessoal

Rubens Lisboa

Em São Paulo

26/06/2011 08h33

Marcado por tradições, o torneio de Wimbledon também é o evento de tênis que mais se apega à cultura e não teria como ser diferente em Londres, cidade na qual William Shakespeare fez carreira no teatro e tem inclusive uma tradicional casa de apresentações com seu nome.

Durante o torneio não há partidas aos domingos, exceto a final, e os tenistas recebem convites para assistirem às peças de teatro apresentadas no período. E foi exatamente isso o que inspirou o ex-tenista brasileiro Givaldo Barbosa a começar sua “carreira” nos palcos.

Baiano de 57 anos, o ex-tenista que foi número 82 do mundo em simples e 32 em duplas na carreira profissional passou a se interessar pelo teatro quando foi jogar em Wimbledon e não perdeu o gosto pela arte até que foi convidado há quatro anos para fazer curso e participar das peças como ator.

“Eu gosto muito de teatro, já na época em que eu jogava os torneios profissionais, ia para Wimbledon, eles davam tickets para poder ir às peças. Eu comecei a ir e fui gostando cada vez mais”, conta Givaldo.

“Então passei a também a ir ver em São Paulo a Oficina dos Menestréis, assisti uma peça muito boa e passei a ir mais vezes, até que me chamaram: ‘você não quer entrar e fazer uma peça com a gente?’. Aí, quatro anos atrás eu entrei para a chamada Turma da Maturidade, todo mundo com mais de 50 anos, me apaixonei e estou até hoje, já estamos na quarta peça. E agora estamos fazendo com os mais jovens”, conta o tenista-ator.

SERENA PROTAGONIZA POSE INDISCRETA

  • Serena Williams mostrou estar em boa forma e eliminou a musa russa Maria Kirilenko. A norte-americana, porém, não escapou de ser flagrada em uma pose constrangedora após um escorregão. Já a bela italiana Flavia Pennetta quebrou o frio protocolo em Wimbledon e não resistiu às lágrimas após perder para Marion Bártoli. Leia Mais

Ex-pegador e bolas que se tornou tenista, Givaldo Barbosa tem uma academia em São Paulo, inclusive com o integrante do CQC Felipe Andreoli sendo um dos alunos de seu filho Rodrigo Barbosa, professor de tênis, e ainda aproveita para jogar torneios de veteranos ao lado de nomes como Thomaz Koch e Fernando Roese. Com tantas atividades ao mesmo tempo, ele afirma que o teatro acaba sendo apenas um hobby.

“Não é uma coisa profissional. É uma vez por semana que eu faço o curso e agora teve as apresentações. São vários personagens e eu vou para dar risada, me divertir fora do tênis. Porque eu vejo bola de tênis o dia inteiro, então pelo menos uma vez na semana eu faço uma coisa diferente”,  explica Givaldo Barbosa.

Apesar da lembrança do fato de Gustavo Kuerten, principal jogador do tênis brasileiro na história, ter entrado para uma faculdade de teatro após encerrar a carreira - tendo trancado o curso no ano passado -, Givaldo explica que o seu caso é diferente: “Ele fez faculdade de teatro e eu só fiz o curso”, finaliza.