Brasileira tenta evitar 'maioridade' de mulheres do país fora de Grand Slams
Aos 22 anos a tenista brasileira Ana Clara Duarte inicia uma difícil missão nesta terça-feira ao tentar evitar a ‘maioridade’ do tênis feminino do país fora de um Grand Slam. Após conseguir vaga no qualificatório do Aberto dos Estados Unidos, ela busca ser a primeira jogadora do Brasil na chave principal de simples de um Grand Slam desde Andrea Vieira em 1993.
SONHO DE GRAND SLAM
Estou trabalhando para coisas muito maiores. É tudo muito novo, estou tentando aprender a cada momento, convivendo com pessoas que estiveram mais vezes aqui
Longe do top 100 e ainda sem ter jogado nenhuma chave principal de torneios da WTA, Ana Clara estreia nesta terça-feira por volta das 13h30 (de Brasília) em Nova York, onde jogou apenas como juvenil, enfrentando a francesa Claire Feuerstein.
Sem assumir a pressão pelo fato de enfrentar o longo jejum, Ana Clara Duarte tenta se demonstrar confiante na vaga precisando de três vitórias no qualificatório e, embora não tenha pressa em atingir a chave principal de um Grand Slam.
“Se eu conseguir essa chance vai ser uma coisa muito importante para a minha carreira, um sonho que estarei atingindo. Não quero só falar que participei, quero ganhar, passar o quali. Quando você começa a jogar torneios grandes, não quer voltar para os pequenos”, afirma Ana Clara Duarte.
“Sei o quanto é importante para o Brasil o meu resultado, mas tento não pensar nisso, o que acontecer vai ser consequência”, completa a tenista que viajou aos Estados Unidos na sexta-feira precisando de uma desistência para a entrada na chave.
Andrea Vieira, a Dadá Vieira, também precisou jogar o quali no Aberto dos Estados Unidos de 1993 e teve de salvar match point diante da francesa Isabelle Demongeot para marcar a última presença feminina brasileira em um Slam, quando também já havia sido a última do país a fazer parte do top 100.
NÚMERO 1 DO BRASIL
Tenho muita coisa para subir, para aprender e evoluir. Acho que é só o começo da carreira, eu quero atingir números melhores
Trabalhando atualmente como técnica, Andrea Vieira agora torce para que Ana Clara Duarte termine com a sua marca de ter sido a última brasileira na elite. Ela lembra que “descobriu” a tenista quando era muito jovem.
“Quando eu era técnica da Fed Cup, a levei comigo para Campinas e ela tinha 12 ou 13 anos só. Tenho visto ela jogando e está jogando muito bem”, afirma Andrea Vieira, que participou do Aberto dos Estados Unidos em 1989 e 1993, antes de ser derrotada no quali de 1994.
Ela explica a dificuldade para conseguir a entrada em um Grand Slam pelo qualificatório, que entre 1999 e 2008 teve tentativas de tenistas como Vanessa Menga, Teliana Pereira e Maria Fernanda Alves tentando a vaga sem sucesso na chave principal.
“Vale muita coisa. No Grand Slam, se você não passa, não tem direito a crachá e nada para ficar lá dentro do torneio. Está valendo ponto, dinheiro, então a pressão é forte. O Brasil está um pouco carente, tem que ter alguma para espelhar as outras, para o pessoal ver que dá”, afirma a ex-tenista brasileira.
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