Brasil reduz favoritismo da Rússia na Davis e Bellucci rechaça abatimento
O ambiente desfavorável é bem comum na Copa Davis e o Brasil já espera condições adversas nos confrontos contra a Rússia pela repescagem do Grupo Mundial, entre os dias 16 e 18 de setembro. O oponente da vez tem atletas mais bem ranqueados e ostenta a condição de favorito. No entanto, a equipe verde-amarela minimizou o status russo e tratou de rechaçar abatimento de seu principal tenista Thomaz Bellucci após a queda no Aberto dos Estados Unidos.
COMPARE OS ATLETAS DE RÚSSIA X BRASIL
RÚSSIA | BRASIL |
Mikhail Youzhny Idade: 29 anos Ranking:15º | Thomaz Bellucci Idade: 23 anos Ranking: 35º |
Dmitry Tursunov Idade: 28 anos Ranking: 43º | Ricardo Mello Idade: 29 anos Ranking: 113º |
Igor Kunitsyn Idade: 29 anos Ranking: 62º | Bruno Soares Idade: 29 anos Ranking (duplas): 22º |
Igor Andreev Idade: 28 anos Ranking: 78º | Marcelo Melo Idade: 27 anos Ranking (duplas): 31º |
Atual 35º do ranking, o paulista de Tietê foi eliminado na primeira rodada do último Grand Slam da temporada. Mas foi a circunstância em que foi derrotado que provocou espanto. Bellucci venceu os dois primeiros sets de Dudi Sela, de Israel, mas levou a virada com direito a “pneu” (quando o tenista não consegue vencer nenhum game dentro do set).
“Isso não me abala nem um pouco. Na carreira de qualquer atleta vão existir altos e baixos. Me faz querer melhorar a cada dia, buscar o melhor. Ali, a vitória acabou escapando, porque demonstrei ansiedade nos pontos importantes. Mas a Davis é diferente. Já tenho alguns confrontos na bagagem e pelo o que já encontrei, estou calejado”, afirmou Bellucci.
No Zonal Americano, o número 1 do país comandou o Brasil na vitória por 5 a 0 sobre o Uruguai. Na ocasião, Bellucci estava acompanhado pelos estreantes João Souza (Feijão) e Rogério Dutra Silva (Rogerinho), além do duplista Bruno Soares. Agora, o time verde-amarelo é mais experiente com os retornos de Ricardo Mello e Marcelo Melo.
“Tivemos um sorteio difícil. A Rússia é forte na Copa Davis, tem equipe que poderia lutar pelo título pela qualidade. Temos um time forte também e precisava de experiência e vivência para enfrentar esse tipo de situação. Ricardo teve ótimos resultados na quadra rápida. Thomaz pode ganhar de qualquer um do circuito e temos uma dupla forte e competitiva”, explicou o capitão brasileiro João Swetsch.
A Rússia escalou o time sem duplistas, mas com um selecionado de quatro atletas bem ranqueados. “Independente de quem estiver do outro lado, temos que estar preparados do primeiro ao último ponto”, falou Marcelo Melo, 31º do mundo no ranking de duplas, e que já atuou com Bruno Soares.
“Favoritismo na Davis é relativo. É um torneio muito particular. A motivação é duplicada, às vezes, triplicada até. Tem casos de superação de situações pouco esperadas e tem vitórias muito certas que não aconteceram. A dificuldade não nos faz chegar lá e pensar que não temos a obrigação de vencer”, disse o capitão do Brasil.
João Swetsch, Thomaz Bellucci, Marcelo Melo e Ricardo Mello embarcaram para Kazan na Rússia ainda nesta quinta-feira. A ideia é fazer um período de três dias de adaptação e mais três de treinos intensos antes do início dos confrontos na sexta-feira da próxima semana. Bruno Soares está nos Estados Unidos e se junta à equipe direto na Rússia.
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