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Brasil reduz favoritismo da Rússia na Davis e Bellucci rechaça abatimento

Thomaz Bellucci e Bruno Soares são os remanescentes do duelo contra o Uruguai - Daniel Caselli/AFP
Thomaz Bellucci e Bruno Soares são os remanescentes do duelo contra o Uruguai Imagem: Daniel Caselli/AFP

Roberta Nomura

Em São Paulo

08/09/2011 19h07

O ambiente desfavorável é bem comum na Copa Davis e o Brasil já espera condições adversas nos confrontos contra a Rússia pela repescagem do Grupo Mundial, entre os dias 16 e 18 de setembro. O oponente da vez tem atletas mais bem ranqueados e ostenta a condição de favorito. No entanto, a equipe verde-amarela minimizou o status russo e tratou de rechaçar abatimento de seu principal tenista Thomaz Bellucci após a queda no Aberto dos Estados Unidos.

COMPARE OS ATLETAS DE RÚSSIA X BRASIL

RÚSSIABRASIL
Mikhail Youzhny
Idade: 29 anos
Ranking:15º
Thomaz Bellucci
Idade: 23 anos
Ranking: 35º
Dmitry Tursunov
Idade: 28 anos
Ranking: 43º
Ricardo Mello
Idade: 29 anos
Ranking: 113º
Igor Kunitsyn
Idade: 29 anos
Ranking: 62º
Bruno Soares
Idade: 29 anos
Ranking (duplas): 22º
Igor Andreev
Idade: 28 anos
Ranking: 78º
Marcelo Melo
Idade: 27 anos
Ranking (duplas): 31º

Atual 35º do ranking, o paulista de Tietê foi eliminado na primeira rodada do último Grand Slam da temporada. Mas foi a circunstância em que foi derrotado que provocou espanto. Bellucci venceu os dois primeiros sets de Dudi Sela, de Israel, mas levou a virada com direito a “pneu” (quando o tenista não consegue vencer nenhum game dentro do set).

“Isso não me abala nem um pouco. Na carreira de qualquer atleta vão existir altos e baixos. Me faz querer melhorar a cada dia, buscar o melhor. Ali, a vitória acabou escapando, porque demonstrei ansiedade nos pontos importantes. Mas a Davis é diferente. Já tenho alguns confrontos na bagagem e pelo o que já encontrei, estou calejado”, afirmou Bellucci.

No Zonal Americano, o número 1 do país comandou o Brasil na vitória por 5 a 0 sobre o Uruguai. Na ocasião, Bellucci estava acompanhado pelos estreantes João Souza (Feijão) e Rogério Dutra Silva (Rogerinho), além do duplista Bruno Soares. Agora, o time verde-amarelo é mais experiente com os retornos de Ricardo Mello e Marcelo Melo.

“Tivemos um sorteio difícil. A Rússia é forte na Copa Davis, tem equipe que poderia lutar pelo título pela qualidade. Temos um time forte também e precisava de experiência e vivência para enfrentar esse tipo de situação. Ricardo teve ótimos resultados na quadra rápida. Thomaz pode ganhar de qualquer um do circuito e temos uma dupla forte e competitiva”, explicou o capitão brasileiro João Swetsch.

A Rússia escalou o time sem duplistas, mas com um selecionado de quatro atletas bem ranqueados. “Independente de quem estiver do outro lado, temos que estar preparados do primeiro ao último ponto”, falou Marcelo Melo, 31º do mundo no ranking de duplas, e que já atuou com Bruno Soares.

“Favoritismo na Davis é relativo. É um torneio muito particular. A motivação é duplicada, às vezes, triplicada até. Tem casos de superação de situações pouco esperadas e tem vitórias muito certas que não aconteceram. A dificuldade não nos faz chegar lá e pensar que não temos a obrigação de vencer”, disse o capitão do Brasil.

João Swetsch, Thomaz Bellucci, Marcelo Melo e Ricardo Mello embarcaram para Kazan na Rússia ainda nesta quinta-feira. A ideia é fazer um período de três dias de adaptação e mais três de treinos intensos antes do início dos confrontos na sexta-feira da próxima semana. Bruno Soares está nos Estados Unidos e se junta à equipe direto na Rússia.