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Nadal adia discussão sobre greve dos tenistas para alterar o calendário

Vice-presidente do conselho de tenistas da ATP, Nadal lidera grupo que pede mudanças - Charles Krupa/AP
Vice-presidente do conselho de tenistas da ATP, Nadal lidera grupo que pede mudanças Imagem: Charles Krupa/AP

Das agências internacionais

Em Xangai (China)

11/10/2011 10h28

Enquanto os tenistas ainda reclamam do calendário atual da modalidade e planejam uma reunião para realizar greve, o vice-presidente do conselho de tenistas da ATP Rafael Nadal rechaçou discutir neste momento em Xangai qual deve ser a decisão dos jogadores.

MUDANÇAS PROPOSTAS PELOS TENISTAS

Antecipar os Masters 1000 de Xangai e Paris para que ocorram antes do Aberto dos Estados Unidos
Acabar com a obrigatoriedade dos tenistas em disputar os nove eventos Masters 1000 do circuito
Reduzir o período de disputa dos Masters 1000 de Miami e Indian Wells de duas para uma semana
Mudar o ranking do formato anual para que sejam contabilizados os resultados de dois anos
Mudar a Copa Davis, reduzindo de quatro para duas semanas no ano ou tornar a competição bienal
Separar as datas de Roland Garros e Wimbledon, para dar maior tempo de preparação aos tenistas

O norte-americano Andy Roddick havia pedido que os tenistas se reunissem durante o Masters 1000 de Xangai para tomar decisões a respeito das queixas à Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) e à Federação Internacional de Tênis (ITF), mas Nadal e o escocês Andy Murray preferem aguardar.

“Não é o momento oportuno de falar sobre isso porque nenhuma decisão foi tomada e se houver alguma informação, será conhecida, mas é melhor não falar do que falar agora”, afirmou Nadal.

Durante o Aberto dos Estados Unidos, vários jogadores como Andy Roddick e Rafael Nadal se queixaram contra o calendário e o fato de terem de jogar três partidas seguidas sem dias de descanso devido à alteração causada pela chuva na programação do Grand Slam que é de responsabilidade da ITF.

Na ocasião os tenistas afirmaram que manteriam conversas em Xangai para que suas reclamações ficassem claras e que todos mantivessem uma postura de choque contra os órgãos que regulam o tênis. As queixas dos atletas são os excessos no calendário e os torneios que são obrigatórios.

Os tenistas acreditam que o ideal seria jogar os dois últimos Masters 1000 do ano, em Xangai e Paris, antes do Aberto dos Estados Unidos, deixando para fechar a temporada apenas o ATP Finals e a final da Copa Davis, colocando para depois de setembro alguns torneios ATP 500 e 250 para aqueles que querem melhorar o ranking.

A obrigação de disputar todos os Masters 1000 é outra reclamação, assim como o desejo de reduzir os eventos de Miami e Indian Wells para uma semana e não duas como ocorre atualmente. Outra exigência é que seja criado um ranking bienal que projeta os tenistas em caso de lesões graves.

Para a ITF as exigências dos jogadores são mudar o formado para a Copa Davis, que seria disputada em uma ou duas e não em quatro semanas como ocorre atualmente, ou  fazer com que a competição por equipes passe a ser realizada a cada dois anos. Outra prioridade é separar Roland Garros de Wimbledon, além de uma nova repartição econômica da premiação dos eventos. Já está prevista para a próxima temporada a redução do calendário em duas semanas pela ATP.

“O que posso dizer que é que a maioria de nós está no mesmo caminho. É dizer que temos poder. Agora temos de averiguar o que queremos para o futuro e fazer com que seja possível”, afirma Nadal.