Torneio para revelar talentos tem 'intruso veterano' e Bellucci entre caçulas

O ATP Challenger Finals foi criado com o intuito de revelar jovens talentos do tênis mundial, contando com possíveis estrelas do futuro como o eslovaco Martin Klizan, mas alguns ‘intrusos’ elevam a média de idade do evento que inicia sua primeira edição nesta quarta-feira no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.

Jovens como o alemão Cedric-Marcel Stebe, ex-número seis do ranking mundial juvenil, e o eslovaco Martin Klizan, que foi líder da lista de novatos da Federação Internacional de Tênis (ITF), acabam dividindo espaço no evento com rivais que já estão perto dos dez anos de carreira.

O principal responsável pela elevação na faixa etária é o norte-americano Bobby Reynolds, que aos 29 anos é o pior ranqueado do Challenger Finals, com a 121ª colocação, e está no circuito mundial desde 2003 sem ter conquistado títulos da ATP, sem ser destaque na época de juvenil e obtendo em 2009 a melhor marca da carreira, quando foi 63º do mundo entre os profissionais. Em 84 partidas em eventos de nível ATP, ele perdeu 62 vezes.

Ao lado do norte-americano, a turma de veteranos do evento em São Paulo tem ainda o português Rui Machado, de 27 anos, e o israelense Dudi Sela, de 26, que fazem com que a média de idade do torneio seja superior a 24 anos, idade do atual líder do ranking mundial, o sérvio Novak Djokovic. Quando a marca de 24,625 é comparada à média do ATP Finals dos oito melhores tenistas do ano, a diferença é de dois anos, com os jogadores do top 8 tendo a marca de 26,625.

Com 23 anos e já em seu quarto ano jogando os principais eventos do circuito mundial com direito a dois títulos da ATP, um total de 168 partidas na carreira e a 37ª colocação no ranking mundial, o anfitrião Thomaz Bellucci é o tenista mais destacado do evento e também um dos mais novos, sendo mais velho apenas que Stebe, de 21 anos, e Klizan, de 22.

Stebe entrou para o circuito mundial apenas no ano passado e acumula oito partidas na ATP, já tendo conseguido fazer parte do top 100 no ranking em outubro deste ano.

Treinado pelo ex-top 10 Karol Kucera, conhecido dos brasileiros pelo confronto entre Brasil e Eslováquia na Copa Davis de 2000, o eslovaco Martin Klizan tem 17 partidas jogadas em eventos a partir de ATP 250 e iniciou como profissional em 2007, um ano após liderar o ranking mundial juvenil da ITF com a conquista em simples de Roland Garros entre novatos.