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Tenistas de segunda linha vivem semana de estrelas em SP com regalias e jogo de Neymar

Em local que vai receber Aberto do Brasil em 2012, tenistas jogaram o Challenger Finals - Douglas Daniel/Divulgação
Em local que vai receber Aberto do Brasil em 2012, tenistas jogaram o Challenger Finals Imagem: Douglas Daniel/Divulgação

Rubens Lisboa

Em São Paulo

21/11/2011 09h30

Os torneios de nível challenger costumam ser modestos e fazem parte do segundo escalão do tênis e servem como último passo para jovens antes do nível ATP além de também serem a sobrevivência aos mais velhos que não conseguem jogar na elite, mas no caso do Challenger Finals de São Paulo os sete jogadores garantidos por ranking tiveram uma semana digna de estrelas da modalidade.

Não eram muitos os torcedores que conheciam o português Rui Machado, o eslovaco Martin Klizan, os alemães Andreas Beck, Cedrik-Marcel Stebe e Matthias Bachinger, o israelense Dudi Sela, o norte-americano Bobby Reynolds e o espanhol Daniel Muñoz de la Nava no ginásio do Ibirapuera, mas eles não ficaram atrás de jogadores conhecidos em termos de regalias no torneio.

Com um valor de premiação acima de qualquer outro torneio challenger, o campeão Cedrik-Marcel Stebe faturou US$ 84.900 pelo título e a quantia teria sido maior se ele não tivesse iniciado o torneio com derrota. O jovem alemão ainda conseguiu aproveitar a estadia na capital paulista para conhecer churrascarias.

Quem também saiu beneficiado do evento foi o espanhol Daniel Muñoz de la Nava, que ninguém viu em quadra nas partidas pelo fato de ele ser o reserva escalado para caso algum tenista se machucasse e não pudesse jogar. Ele faturou US$ 3.500 sem precisar entrar em ação, além de ficar em hotel 5 estrelas com os outros jogadores e ter o privilégio de ser o único dos presentes a poder sair para ver Neymar jogar.

Na quinta-feira, segundo dia de realização do torneio, Muñoz de la Nava, que é natural de Madri, aproveitou o convite da organização para ir ao estádio do Pacaembu e viu o Santos de Neymar e Ganso empatar com o Atlético-GO em 1 a 1.

“O Rui Machado também queria ir, mas quando viu a situação do grupo falou ‘pô, eu tenho que ganhar, então não vai dar’. O pior é que ele perdeu o jogo e a chance de ver o Neymar”, afirmou Luiz Fernando Procópio de Carvalho, da Koch Tavares, logo após o tenista português ser eliminado do torneio.

Carvalho ressalta que todo o tratamento de estrela que geralmente recebem os principais jogadores em um torneio ATP, como o Aberto do Brasil, foram dados aos oito tenistas estrangeiros que jogaram no ginásio do Ibirapuera, além do brasileiro Thomaz Bellucci, convidado da organização.

“Eles ficaram em um hotel cinco estrelas, com duas pessoas que fazem toda a assessoria para eles de transporte, de logística e para marcar restaurante. Foram buscá-los no aeroporto com nome, plaquetinha que chegou, já tinha pré-check-in feito, uma série de coisas que eles estão contando”, conta o representante do torneio satisfeito com a empolgação dos jogadores.