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CBT muda estatuto, cartola se garante até 2016 e recebe apoio formal de federações

Gustavo Franceschini

Do UOL, em São Paulo

01/02/2012 17h57

A CBT (Confederação Brasileira de Tênis) modificou, nesta quarta-feira, o seu estatuto. A alteração permite que o atual presidente Jorge Lacerda Rosa, siga no poder até 2016 em vez de sair neste ano, como o texto antigo exigia.

Além disso, o cartola ainda recebeu o apoio formal de todas as federações estaduais. Os dirigentes emitiram uma carta de repúdio a Carlos Braga, ex-presidente da federação capixaba e autor da denúncia que levou a PF a investigar a CBT.

A assembleia aconteceu em Curitiba, onde está acontecendo a Fed Cup, versão feminina da Copa Davis. A político do esporte, no entanto, dominou o noticiário desde que tornou-se pública a tentativa de Jorge Lacerda de manter-se no poder. 

O político assumiu a presidência da CBT em 2005 após anos de oposição ao ex-presidente Nelson Nastás. No discurso, sempre foi contra a perpetuação no poder e usou esse argumento em sua campanha para ascender ao comando do tênis. 

Durante o seu primeiro mandato, Jorge Lacerda alterou o estatuto para poder reeleger-se uma vez e garantiu sua permanência até o fim deste ano. Agora, ele está liberado para concorrer novamente até 2016, mas não tem o direito, de acordo com o novo estatuto, a um novo mandato. Depois dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, ele teria de sair da CBT. 

Jorge Lacerda avisou, via assessoria de imprensa, que não falará com a imprensa nesta quinta. O presidente e sua gestão na confederação estão sendo alvo de uma investigação da Polícia Federal, que apura a existência de uma espécie de caixa dois. 

O inquérito foi aberto após denúncia de Carlos Braga, opositor de Lacerda que também tem sua gestão na federação capixaba sob suspeita. Em uma moção de apoio a Lacerda, presidente de todas as federações presentes à assembleia manifestaram repúdio à situação. 

"Vivemos um período inédito na modalidade, com planejamento estratégico sólido do desenvolvimento do tênis brasileiro, incluindo todos os aspectos que envolvem este esporte", disse o documento, que ressaltou o passado de Braga e que foram as próprias federações que pediram a continuidade de Jorge Lacerda.