Cartola do tênis reúne aliados, justifica reeleição e não descarta um novo mandato
Investigado pela Polícia Federal e reeleito após uma mudança no estatuto da CBT (Confederação Brasileira de Tênis), Jorge Lacerda fez questão de mostrar o apoio que recebeu.
Na abertura do Aberto do Brasil, o cartola comemorou sua permanência no cargo cercado por COB, Ministério do Esporte, patrocinadores, atletas e treinadores, todos listando que avalizam a atual gestão.
“É uma diferença muito grande. Eu sou de uma geração em que o tênis era uma utopia. A estrutura que a gente tem hoje passa por essa evolução na CBT. Qualquer coisa diferente seria uma grande perda de tempo”, disse João Zwetsch, capitão brasileiro da Copa Davis.
“Estou muito feliz com a reeleição. Nossa confederação está virando um exemplo para todo mundo”, emendou Bruno Soares, o tenista brasileiro mais bem colocado no ranking da ATP.
Além do ex-técnico de Thomaz Bellucci, Cezar Roberto Granieri, assessor especial do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), e Ricardo Leyser, secretário nacional do Alto Rendimento, também elogiaram Jorge Lacerda.
Antes da coletiva de imprensa da última segunda, o cartola já havia se vangloriado de ter recebido o apoio formal de todas as federações para a sua reeleição, discurso que repetiu após garantir o mandato até o fim de 2016.
DAVIS NÃO TEM SEDE CERTA
O Brasil enfrentará a Colômbia pelo Zonal das Américas da Copa Davis em abril, em casa, mas ainda não sabe onde sediará o confronto. Segundo Jorge Lacerda, a opção será pelo saibro, em uma cidade com altitude elevada: “estamos conversando com três (cidades) e devemos fechar pós-Carnaval”, afirma o cartola.
“A gente seguiu o entendimento da assembleia, e é um caso muito específico das Olimpíadas. Em qualquer negociação, a primeira coisa que eles te pedem é para fechar até 2016. E, no Brasil, você só dá essa garantia se for o mesmo presidente, porque, se tiver mudança, quem entrar pode simplesmente cancelar um contrato, como já aconteceu”, disse Lacerda.
Teoricamente, o cartola, que assumiu em 2005 em meio a denúncias de corrupção de seu antecessor, sairia em 2017. Só que da mesma forma que mudou o estatuto desta vez, poderá fazê-lo mais adiante. Por isso, ele não descarta estender ainda mais seu período no cargo, que vai completar 11 anos.
“O meu objetivo é permanecer até 2016. Falar daqui a cinco ou seis anos é difícil. Acho que cada caso tem de ser estudado. Eu prefiro que me perguntem quantas medalhas a gente vai conquistar em 2016”, disse Jorge Lacerda, aos risos.
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