Após superar torcida contrária em casa, Bellucci espera encerrar trauma da 2ª rodada
A atuação de Thomaz Bellucci no primeiro set contra Ricardo Mello na sua estreia no Aberto do Brasil lembrou a do Masters 1000 de Madri do ano passado, quando o nº 1 do Brasil eliminou Andy Murray e deu trabalho para Novak Djokovic na semi. A torcida que compareceu ao Ibirapuera na quarta-feira à noite sentiu que, nesse ritmo, o jogo acabaria rápido demais. Por isso, boa parte do público passou a apoiar Mello.
A torcida deu certo, e o jogo ficou equilibrado a partir do segundo set, quando Mello entrou no jogo, empatou a partida e assegurou o espetáculo. Os pontos contra Bellucci eram mais festejados, e os gritos a favor de Ricardo chegavam a forçar o juiz a pedir silêncio.
No “clássico” entre os brasileiros, a torcida preferiu sempre o tenista que estava atrás no placar. Por isso, Bellucci conquistou parte do público durante o segundo set, e passou a receber gritos de apoio enquanto tentava recuperar seu jogo. Após a vitória por 2 sets a 1, foi muito aplaudido.
A oscilação da torcida passou despercebida por Bellucci, que disse ignorar as manifestações dentro da quadra: “Sabia que teria uma divisão na torcida e não me preocupei em quem ela iria apoiar mais. Nem consegui reparar nisso, porque estava muito concentrado”, afirmou Bellucci.
Depois de eliminar o compatriota, Bellucci passou a ser o único brasileiro na chave do torneio, e por isso espera ter a preferência irrestrita do público do Ibirapuera a partir de agora: “Agora, espero que a torcida esteja 100% do meu lado”.
O apoio da torcida será importante para embalar Bellucci contra o trauma da segunda rodada que o aflige desde o ano passado. Ele não consegue duas vitórias seguidas em nível ATP desde junho de 2011, em Queen’s. “Está faltando essa sequência maior de vitórias para ganhar confiança”, admitiu Bellucci, que espera o vencedor de Leonardo Mayer e Jeremy Chardy nas quartas.
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