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Torcida paulistana deixa tenistas estrangeiros mais confortáveis; argentinos são exceção

Verdasco foi um dos estrangeiros que aprovou a mudança para São Paulo - Sebastião Moreira/EFE
Verdasco foi um dos estrangeiros que aprovou a mudança para São Paulo Imagem: Sebastião Moreira/EFE

Lucas Pastore

Do UOL, em São Paulo

18/02/2012 08h08

A troca da Costa do Sauipe por São Paulo foi aprovada pela maioria dos tenistas estrangeiros que vieram atuar no Aberto do Brasil. E a torcida paulistana foi apontada como o maior motivo disso. De acordo com os jogadores, o público que tem comparecido ao Ginásio do Ibirapuera entende mais do esporte, o que tem sido visto com bons olhos pelos participantes da competição.

ARGENTINOS SÃO EXCEÇÃO

  • Gaspar Nóbrega/Divulgação

    Nem todos os estrangeiros foram bem recebidos pela torcida brasileira. O argentino Leonardo Mayer, adversário de Thomaz Bellucci (foto) na sexta-feira, foi bastante vaiado durante o jogo. Seu compatriota David Nalbandian, que se irritou e jogou sua raquete no chão durante partida contra Filippo Volandri, também não foi perdoado.

Os torcedores de São Paulo têm escolhido xodós durante o Aberto do Brasil. Além, é claro, de empurrarem os tenistas brasileiros, os fãs simpatizaram com o chileno Fernando González, ex-top 5 que acabou eliminado. O italiano Filippo Volandri, que derrotou o argentino David Nalbandian, também foi festejado.

Além disso, a boa presença de público também tem deixado boa impressão. De acordo com a organização, 7.300 pessoas compareceram na sexta-feira para ver Thomaz Bellucci bater Leonardo Mayer.

Entre os estrangeiros que aprovaram a mudança está o romeno Victor Hanescu. Já eliminado, o tenista destacou o entendimento e a educação que os torcedores têm demonstrado nas quadras.

“A torcida é uma torcida legal, que entende de tênis. O público tem se comportado bem”, afirmou Hanescu.

Também eliminado, o espanhol Fernando Verdasco disse ter aprovado a mudança da Costa do Sauípe para São Paulo. De acordo com o jogador, a tendência é o público ser ainda melhor nas próximas temporadas.

“O púbico tem se envolvido mais do que na Costa do Sauípe. E ainda é o primeiro ano do evento em São Paulo, tem tudo para melhorar”, destacou o espanhol.

Mas não são só os estrangeiros que têm gostado do torneio em São Paulo. Ricardo Mello, que mora em Campinas, se mostrou feliz por poder trazer família e amigos para assistir seus jogos.

“A mudança foi fantástica. Estou mais perto de casa e o público que vem assistir os jogos é um público que gosta muito de tênis, e é um público em maior quantidade também, acho que a mudança foi muito boa”, elogiou o brasileiro.

DIRETOR ELOGIA SÃO PAULO, MAS MANTÉM SAUIPE NOS PLANOS

Diretor do Aberto do Brasil, Luis Felipe Tavares (foto) também gostou da mudança do torneio para São Paulo. Segundo o dirigente, a mudança ampliou a exposição da competição.

“Acho que aqui vai ser a casa definitiva do Aberto do Brasil. O evento ficou maior”, opinou Tavares.

No entanto, o diretor afirmou que existem planos para que a cidade baiana não saia do mapa internacional.

“Vamos criar outro produto de tênis para a Costa do Sauipe. Nós temos um ginásio pronto lá para receber eventos”, completou, afirmando que levar as Finais do Challenger para o local é uma opção.