Organização celebra 45 mil pessoas vendo tênis em SP; público é o triplo do Sauipe
Em seu ano de estreia em São Paulo, o Aberto do Brasil de tênis levou 45 mil pessoas ao ginásio do Ibirapuera, que recebeu as partidas. Mesmo com algumas falhas pontuais, a organização do evento comemora o sucesso, faz promessas e diz que os números justificam a mudança, já que na Costa do Sauipe a competição atraía apenas 15 mil espectadores ao todo.
“A gente vinha falando de 30 mil pessoas, que dobraria o que a gente tinha no Sauipe. É claro que temos coisas a serem melhoradas, como o estacionamento, as quadras suplementares e as opções de alimentação oferecidas ao público, mas 45 mil pessoas está muito, muito acima do que eu esperava”, disse Luiz Carvalho, gerente de marketing e esportes da Koch Tavares, agência que organiza o torneio.
A cereja do bolo foi a final, no domingo, entre Nicolas Almagro e Filippo Volandri. A ausência de um brasileiro não desanimou o público, que lotou o ginásio do Ibirapuera e foi o grande destaque da tarde de tênis.
No total, mais de 9,6 mil pessoas assistiram ao confronto, número um pouco menor que o da semifinal que marcou a eliminação de Thomaz Bellucci, no sábado, o recorde da semana.
“Eu já tinha falado isso antes. O público de São Paulo sabe a importância de um torneio ATP e não iria falhar. Eles demonstraram um respeito incrível com os tenistas. Não é sempre que se joga com 10 mil pessoas assistindo”, disse Nicolas Almagro, que venceu o Aberto do Brasil pela terceira vez.
A meta da Koch Tavares, agora, é trazer um tenista top 10 para a próxima edição. O foco deve ser nos franceses, que farão uma preparação forte no saibro para Roland Garros. Além disso, a empresa cogita pleitear uma mudança de status da competição. Hoje, o Aberto do Brasil distribui 250, e está no quarto escalão do tênis mundial.
“Nosso objetivo é crescer para 500. A ATP sempre buscou público, e hoje nós mostramos que isso não é um problema. Só que essa mudança tem de ser pensada, porque a ATP exige mais estrutura e um investimento maior. Agora vamos sentar para analisar e decidir o que vamos querer”, disse Luiz.
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