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Federer se diz surpreso com aposentadoria de Roddick e afirma que rival merecia Wimbledon

"Na minha mente, ele é um campeão de Wimbledon", disse Federer, lembrando 2009 - Clive Brunskill/Getty Images
"Na minha mente, ele é um campeão de Wimbledon", disse Federer, lembrando 2009 Imagem: Clive Brunskill/Getty Images

Do UOL, em São Paulo.

31/08/2012 07h43

O anúncio da aposentadoria do norte-americano Andy Roddick, feito nesta quinta-feira, pegou muitos de surpresa. Um de seus principais adversários no circuito, o suíço Roger Federer, afirmou ter ficado chocado com a decisão do ex-número 1, que, aos 30 anos, deixará o tênis profissional após o Aberto dos Estados Unidos.

RODDICK ANUNCIA APOSENTADORIA

  • Na final de Wimbledon-2009, norte-americano teve o serviço quebrado apenas uma vez em cinco sets

“Eu fiquei um pouco chocado. Sua aposentadoria foi a última coisa em minha mente”, disse Federer, de 31 anos, sobre a entrevista coletiva que Roddick convocou nesta quinta.
 
“Mas ele está feliz em parar e não há regras sobre quando você deve anunciar essas coisas. Ele teve uma grande carreira e tenho certeza de que está feliz com o que fez. Exceto, talvez, (por não) vencer Wimbledon”, lembrou o maior vencedor de Grand Slam da história e algoz de Roddick em três decisões de Wimbledon (2004, 2005 e 2009).
 
Roddick foi o último norte-americano a liderar o ranking mundial, em 2003. Naquela temporada, ele conquistou seu único título de Grand Slam, no Aberto dos EUA. No ano seguinte, Federer teve sua grande ascensão no circuito, tomou a liderança do norte-americano e manteve a posição por quatro temporadas seguidas.
 
No histórico entre os dois tenistas, foram 24 duelos, com grande superioridade de Federer, que venceu 21 vezes. Um dos jogos mais sofridos para Roddick foi justamente a final de Wimbledon-2009. Em confronto de 4h16 de duração, o norte-americano perdeu o serviço apenas uma vez, mas que lhe custou a derrota no quinto set, com parciais de 5-7, 7-6(8-6, 7-6(7-5), 3-6, 16-14.
 
“Ele merecia (conquistar Wimbledon), quando eu o venci em 2009. Na minha mente, ele é um vencedor de Wimbledon e um grande embaixador para o tênis”, declarou Federer. Além da aposentadoria de Roddick, Federer também se disse triste por não ter mais alguns de seus grandes ídolos e rivais no circuito.
 
“De repente, todos os caras que você vê na TV se foram. Eu já estava muito triste em ver (Pete) Sampras, (Andre) Agassi, (Carlos) Moya, (Tim) Henman irem, por exemplo. Isso nunca vai ser o mesmo, já não podemos jogar contra os nossos heróis. Também é o que acontece agora. Marat Safin se aposentou, Andy vai (se aposentar), (Lleyton) Hewitt tem passado por tempos difíceis”, enumerou o suíço.
 
Ao contrário de muitos rivais, o líder do ranking não dá indícios de que sua carreira também possa estar perto do fim. Classificado para a terceira rodada do Aberto dos EUA, Federer já pensa no próximo Grand Slam, o Aberto da Austrália, sem a presença de Roddick. “Eu vou sentir falta quando chegarmos em Melbourne na próxima temporada. Mas é assim”.