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Capitão brasileiro prevê dificuldade na elite da Davis, mas avisa: "É difícil vencer a gente aqui"

Capitão João Zwetsch comemora classificação na Davis ao lado de Thomaz Bellucci - Luiz Pires/Fotojump
Capitão João Zwetsch comemora classificação na Davis ao lado de Thomaz Bellucci Imagem: Luiz Pires/Fotojump

Rafael Krieger

Do UOL, em São José do Rio Preto (SP)

16/09/2012 06h00

Depois de comemorar o histórico retorno à primeira divisão da Copa Davis, o time brasileiro já começou a pensar na pedreira que vai enfrentar em fevereiro do ano que vem na primeira rodada do Grupo Mundial. O sorteio será apenas na quarta, às 7 horas, e definirá qual dos cabeças-de-chave o Brasil irá enfrentar, e se o confronto será em casa ou fora. Independente do adversário, o capitão João Zwetsch avisou que não vai ser fácil, mas disse confiar em seu grupo.

“Temos chances reais de entrar no Grupo Mundial de vez, mas se manter lá vai ser difícil. Talvez já tivesse acontecido se não fosse tantas vezes ficando no quase, e isso é difícil para o jogador dentro da quadra. Mas o Thomaz aos poucos está assumindo esse papel de liderança, o grupo está evoluindo e as chances de chegar aos melhores são cada vez maiores”, comentou Zwetsch.

“O mais importante é que a gente mostrou que o nosso time dentro do Brasil é muito difícil de ser batido. Tem que ser um time realmente muito forte para chegar aqui e dar conta do nosso time”, complementou o capitão.

Acontece que, mesmo em casa, diante de uma Espanha, República Tcheca ou Croácia não é garantia de tranquilidade. Por isso, o duplista Bruno Soares destacou que a volta à elite é apenas uma etapa do objetivo a ser cumprido.

“Hoje encerra a primeira parte de um trabalho que a gente começou há alguns anos atrás, que era esse objetivo de voltar ao Grupo Mundial. Passamos por vários momentos difíceis nos últimos anos, todo mundo participou, e hoje conseguimos reerguer o tênis de uma maneira muito positiva. Com certeza é um momento muito especial para todos nós, fica um ano bacana para o tênis brasileiro e vamos iniciar esse próximo passo para tentar fazer bonito ano que vem na elite”, prometeu Bruno.

Apesar de ter dito que só o que passava por sua cabeça era comemorar, Bruno Soares foi quem mais falou pensando no futuro da equipe no Grupo Mundial, ao mesmo tempo em que exaltou o aprendizado com as decepções dos últimos nove anos fora da primeira divisão do tênis.

“Estamos amadurecendo a cada dia, essa experiência de Copa Davis é muito importante. Essa vivência que a gente está tendo, as dificuldades que a gente encontrou. Tudo que a gente aprendeu nos últimos anos estamos conseguindo transformar em coisas positivas e melhorando a cada dia. Hoje o Brasil fechou esse trabalho que era voltar, e acho que temos que continuar esse trabalho nos próximos seis meses para a primeira fase do grupo mundial. Mas, com certeza, quem for jogar vai estar com esse mesmo espírito”, discursou o duplista.

A equipe brasileira poderá enfrentar um dos oito cabeças-de-chave: Espanha (casa), Argentina (fora), Sérvia (sorteio), República Tcheca (casa), França (fora), Estados Unidos (fora), Croácia (casa) ou Cazaquistão (sorteio). O mando de jogos é definido pelo revezamento, ou seja, como o Brasil enfrentou a Espanha pela última vez fora, o próximo duelo contra espanhóis será em casa. Em caso de confronto inédito, a definição vai para um sorteio.