Tombo de boleiro corta embalo de Rogerinho, que perde para argentino e é vice em SP
Rogério Dutra Silva, número 126 do mundo, entrou em quadra sob o sol do meio-dia no Parque Villa-Lobos para enfrentar o argentino Horacio Zeballos na final do aberto de São Paulo e, apesar do calor, começou com todo o gás. Mas, depois de um incidente bizarro com um dos pegadores de bolinha, não manteve o ritmo e permitiu a reação do rival, que venceu por 2 sets a 0 com parciais de 7-6 (5) e 6-2 para se sagrar campeão do torneio válido pelo circuito Challenger.
Vibrando a cada ponto com o apoio da torcida, Rogerinho pressionou e quebrou o saque Zeballos logo no primeiro game do jogo. Desconcentrado, o argentino ajudou com duas duplas faltas. De zero, o brasileiro confirmou o saque e abriu vantagem. Parecia que o set estava em suas mãos.
TORNEIO TESTA EXTINÇÃO DO "LET"
Foi quando uma pausa forçada interrompeu a arrancada do brasileiro. Com 4 a 3 e saque para Rogerinho, um dos boleiros escorregou, caiu e bateu a cabeça, necessitando de atendimento. O jogo foi interrompido por cerca de cinco minutos. O rapaz foi levado ao hospital por uma ambulância, e passa bem.
A pausa não fez bem para Rogerinho, que teve o saque quebrado e deixou o argentino virar o set. Depois, precisou salvar quatro set points para se manter vivo na parcial. Chamou a torcida no 5 a 5, mas não adiantou. O argentino manteve seu melhor momento no jogo e venceu no tie-break.
No segundo set, Rogerinho perdeu o ritmo de vez e Zeballos afiou seu saque. O argentino, que é o número 85 do mundo e cabeça-de-chave número 1 do torneio, passeou na parcial e fechou a partida sem problemas para conquistar o título, frustrando a torcida que encheu a quadra central no Villa-Lobos.
“Eu estava jogando bem, mas dei um pouco de azar no tie-break. No segundo set, baixei um pouco o ritmo. Mas fazer uma final no início de temporada é sempre bom”, declarou Rogerinho ao canal Sportv. Por causa da final em São Paulo, o brasileiro abriu mão do qualifying do Aberto da Austrália, pois chegaria em cima da hora.
O Aberto de São Paulo dá 110 pontos ao campeão e 65 para o vice. O torneio foi o primeiro da fase de testes da nova regra da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), que aboliu o “let”, repetição da jogada quando a bola bate na fita da rede após o saque. Por três meses, a norma será avaliada em eventos Challenger.
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