Federer pede mais testes e 'passaporte biológico' para evitar casos de doping no tênis
Número dois do tênis mundial, o suíço Roger Federer pediu, na última segunda-feira, para que o passaporte biológico, sistema de identificação de doping, fosse adotado no tênis. A medida cria um perfil hematológico que permite perceber alterações no organismo do atleta, tornando mais fácil a identificar se o esportista recorreu a algum tipo de manipulação.
“Um passaporte sanguíneo é necessário já que algumas substâncias não podem ser identificadas na hora em que são usadas, mas podem ser percebidas no futuro. O risco de serem descobertos pode inibir os trapaceiros”, disso o suíço, na abertura do Torneio de Roterdã, na Holanda.
Apesar de considerar a nova medida, que já é adotada no ciclismo desde 2008, mais eficaz, Federer também aponta para a necessidade da realização de um maior número de testes sanguíneos nos tenistas.
De acordo com o site da Federação Internacional de Tênis, foram realizados apenas 21 testes antidoping em competições de tênis em 2011. No mesmo ano, a UCI (União Ciclística Internacional) realizou 3.314 testes.
“Eu não passei por nenhum teste antidoping depois do Aberto da Austrália e eu disse a todos da organização que fiquei surpreso com isso”, disse Federer que, na Austrália, chegou às semifinais, perdendo para Andy Murray em um jogo de quase 4 horas.
Segundo Federer, o tênis passa a impressão de ser um esporte "limpo", mas nem por isso não deveriam deixar de existir os exames.
"Nos últimos anos nós tivemos cerca de um caso (de doping) por ano e, na maioria deles, foram erros dos atletas, que não tinham intenção de se dopar. Mas eles também não poderiam cometer tais erros, deveriam saber as regras (do esporte) e viver a partir delas".
Atual campeão do Torneio de Roterdã, Federer estreia nas quadras da Holanda contra o esloveno Grega Zemlja na próxima quarta-feira, 13 de fevereiro.
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